Juremir Machado examina papel da imprensa na ditadura brasileira
Pesquisador incansável e sempre esclarecedor de temas obscuros da história, da política e das biografias, Juremir Machado da Silva aproveita agora a efeméride dos 50 anos do golpe de 1964, para colocar um pouco mais de luz sobre o golpe que foi militar, mas teve um apoio civil e midiático incomum. O jornalista e escritor lança nesta quinta-feira, às 18h, o livro “1964 - Golpe Midiático Civil-Militar” (Sulina), no Espaço Cultural Correio do Povo "Andradas, 972”.
O livro examina o melancólico e lamentável papel da imprensa no parto do regime autoritário implantado no Brasil em 1964. No inventário da implantação da ditadura durante mais de 30 anos, um setor da sociedade ainda não foi para o banco dos réus: a mídia. “Eu não cobro da imprensa que não tivesse lado, mas ela ficou do lado errado. O lado certo era o respeito à Constituição e à lei”, afirma Juremir, lembrando que muitos jornalistas e veículos de comunicação voltaram atrás em seu apoio até 1968, quando da publicação do AI 5.
Conforme o autor, militares, torturadores, golpistas e a mídia se autoanistiaram e tentaram reescrever a história se proclamando anos depois como combatentes do regime. “O João Goulart não era um homem perfeito, mas estava fazendo as reformas agrária, urbana e política, que atingiam alguns interesses e jornalistas como Alberto Dines e Antonio Callado e veículos como Jornal do Brasil, Estadão e Correio da Manhã avalizaram o regime ditatorial”, conta o autor. A obra estará à disposição na loja do Correio do Povo, com desconto de 20% para assinantes. e detalhes pelo fone 3216-1600.
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/?Noticia=520644
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