Neve cai no Egito pela primeira vez em décadas
Cidade egípcia de Madinaty, vizinha à capital Cairo, ficou coberta de neve. Neve no Egito é um fenômeno raro
Esqueça as pirâmides, camelos e deserto. O que mais impressionou os egípcios nesta sexta-feira (13) foi a neve. Uma rara nevasca atingiu cidades do norte do Egito, incluindo a capital, Cairo, cobrindo o país de branco. Segundo meteorologistas, uma tempestade chegou ao Egito vinda do Mediterrâneo e derrubou as temperaturas no país. A capital, Cairo, e várias cidades próximas registraram temperaturas próximas a 0º C. No Monte Sinai, as temperaturas ficaram abaixo de zero. Nas redes sociais, internautas egípcios disseram que foi a primeira neve em mais de cem anos. A agência de meteorologia egípcia não confirma o dado. Já o vizinho Israel registrou a mais intensa nevasca desde 1953.
Como sempre acontece nessas situações, a neve em um local tão marcado pelo clima desértico volta a levantar argumentos e questionamentos contra o aquecimento global. Se o planeta está aquecendo, não era de se esperar que nevasse menos?
Na verdade, é preciso explicar que a rara neve no Egito não entra em contradição com as teorias e pesquisas científicas que provam que as mudanças climáticas são reais e causadas pelo homem. Os modelos científicos mostram que variações no clima são esperadas: anos mais quentes e anos mais frios, e diferenças de temperatura entre diferentes regiões do planeta são comuns. O que é certo é que, de década em década, as médias de temperatura do planeta só aumentaram, como mostra o gráfico abaixo.
Como o Egito não é um país acostumado com nevascas, o fenômeno complicou a vida dos cidadãos, fechou estradas e torna ainda mais difícil o atendimento aos sírios que atravessaram a fronteira fugindo da guerra e vivem hoje em campos de refugiados. Eventos extremos, sejam ondas de calor ou tempestades, podem ficar mais comuns como resultado da ação humana no clima.
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