Geografia política e politizada
Por: Leonardo Lemes
O cenário político, no que tange à escolha do presidente da República no mês de outubro, vai se configurando, com as convenções e definições dos partidos e suas alianças.
Luciana Genro, após a desistência de Randolfe Rodrigues, será a candidata do PSOL à presidência. É 99% certo. Randolfe se dedicará à candidatura ao governo do Amapá, visto que a capital Macapá possui um prefeito do PSOL. O partido, ainda pequeno, precisa crescer e, para isso é necessário governar pelo menos um Estado. Luciana Genro, gaúcha e ex-petista, abandonou o partido junto com Heloísa Helena, logo que o PT chegou ao poder com Lula. A filha do governador Tarso Genro ajudou a fundar o PSOL e fará muitos votos no Rio Grande do Sul, devido a sua personalidade e caráter. Luciana corre por fora e vai tirar votos preciosos dos ditos "favoritos".
Luciana Genro
O PSDB vai de Aécio Neves, como já previsto. A convenção nacional do partido definiu o senador de Minas Gerais como candidato da chapa, aliado ao o DEM e o SDD. Falta ainda definir o vice; o favorito é Paulinho da Força, ex-PDT e atualmente no Solidariedade. Aliás, chama a atenção essa aliança do sindicalista Paulinho, presidente da Força Sindical, com os tucanos.
Aécio Neves
O PSB, em sua convenção, também definiu o que todos já sabiam: a aliança com a Rede Sustentabilidade, lançando o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato à presidência e Marina Silva, como vice. O PSB, que compôs a base governista por 10 anos, resolveu alçar voos maiores, aproveitando a popularidade obtida por Eduardo Campos em Pernambuco.
Eduardo Campos
O PV também já tem seu candidato: Eduardo Jorge, vice-presidente nacional da sigla. O partido ainda tenta juntar os cacos desde a saída de Marina Silva. O PV era um partido em franca ascensão e, com a saída da acreana, ainda luta por uma maior representatividade no cenário nacional.
Eduardo Jorge
No PT, a situação está definida com a candidatura da presidenta Dilma à reeleição. Seus adversários estão oficializando suas candidaturas, mas as campanhas já começaram com ataques e críticas ao seu governo. Óbvio que Dilma Rousseff também aproveita os espaços que tem para fazer propagandas de seu governo. É do jogo. Seus adversários terão uma dura tarefa: tentar quebrar a hegemonia petista que, com Dilma vencendo em outubro (ou novembro), fará o PT completar 16 anos no poder.
Dilma Rousseff
As pesquisas mostram Dilma na frente de seus principais oponentes até o momento (a última mostrou Dilma com 40% das intenções de voto), Aécio Neves com cerca de 20% e Eduardo Campos com pouco mais de 10%. O cenário atual prevê um provável segundo turno, mas ainda é cedo para afirmar. Faltam 4 meses para as eleições e tudo pode mudar.
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