Rosane de Oliveira: Fato novo na eleição para o Senado
Com a filiação de Lasier Martins, o PDT ganha um potencial candidato ao Senado em 2014, mas essa definição só sairá no final deste ano ou início de 2014. O jornalista anunciou no Jornal do Almoço que está trocando o jornalismo pela política.
Comunicador, que se filiou ao PDT, anunciou a decisão no Jornal do Almoço desta segunda-feira
Enquanto ainda tentava convencer Lasier a se filiar, o PDT ofereceu a possibilidade de concorrer ao que desejasse, inclusive ao Piratini. O jornalista pediu tempo para pensar, mas, de cara, descartou a candidatura a governador. Disse ao presidente do PDT, Romildo Bolzan, que não tem vocação para síndico de massa falida, referindo-se à precária situação das finanças do Rio Grande do Sul.
A cada eleição, diferentes partidos assediavam Lasier para que fosse candidato, mas ele sempre resistia. Agora, resolveu abraçar a carreira política e escolheu o PDT alegando compromisso com suas origens — o pai era trabalhista convicto.
Uma das exigências feitas ao PDT para se filiar foi a de que o partido tenha candidato próprio ao Piratini e declare independência do governo Tarso Genro.
Hoje, o PDT ocupa três secretarias (Saúde, Gabinete de Prefeitos e Esporte) e uma vice-presidênca do Banrisul, além de outros cargos menores. Quando começou a tomar corpo a ideia da candidatura própria, o secretário Afonso Motta, defensor da aliança com Tarso, sugeriu a entrega imediata dos cargos, em nome da coerência, mas foi voto vencido. O PDT optou por concluir o cronograma de consultas às bases, o que deve ocorrer lá pelo final de novembro.
Popular no rádio e na TV, Lasier não teria, hoje, uma barbada na eleição para o Senado. Primeiro, porque se não conseguir uma aliança sólida o PDT terá pouco tempo de rádio e TV no horário eleitoral. Segundo, porque o PT e o PMDB, a não ser que estejam aliados com o PDT, tentarão conquistar a cadeira que hoje é de Pedro Simon. Com Germano Rigotto, o PMDB é o primeiro nas pesquisas feitas antes da filiação de Lasier. No PT, o nome mais forte é o da ministra Maria do Rosário. E há ainda o deputado Beto Albuquerque (PSB), que pode crescer na esteira da aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva.
Assim como a união de Campos e Marina foi o fato novo na sucessão presidencial, a filiação de Lasier ao PDT é a novidade na disputa no Rio Grande do Sul. No PDT, há quem prefira tê-lo como candidato a deputado federal para reforçar a bancada, que perderá Vieira da Cunha e Enio Bacci.
Vieira é pré-candidato ao Piratini e Bacci decidiu concorrer a deputado estadual.
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