quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Absurdo: Médico se diverte em horário de plantão, na Paraíba

Médico é demitido após foto dele em churrasco vazar no WhatsApp durante o plantão. Profissional estaria escalado para cirurgia geral do hospital que atende urgência e emergência, mas, conforme a direção da unidade, ele não compareceu

Médico é demitido após foto dele em churrasco vazar no WhatsApp durante o plantão 
médico Wostenildo Crispim foi demitido do Hospital Regional de Patos, a 320 quilômetros de João Pessoa, no Sertão da Paraíba, após uma foto ter circulado no serviço de troca de mensagem por telefone, WhatsApp, mostrando que ele estaria participando de um churrasco no momento em que deveria estar em plantão da unidade médica.
A informação sobre a demissão do médico foi dada pela diretora do hospital, Sílvia Ximenes, na tarde desta quarta-feira (18). Ela disse que o profissional foi demitido porque abandonou o plantão. Ele estava na equipe de urgência e emergência do domingo (15) e teria ido à unidade médica, assumido o plantão, saído por um determinado tempo e depois voltado ao trabalho, conforme relatou a diretora.
“Consideramos o caso como abandono do plantão e estamos seguindo a resolução de nº 1451/95 do Conselho Regional de Medicina que expressa no artigo 2º a impossibilidade do profissional ficar de sobreaviso em unidades de atendimento em urgências e emergências traumáticas, como é o nosso hospital”, explicou.
Sílvia disse ainda que na especialidade dele (cirurgia geral), não há a possibilidade de plantões de sobreaviso.
De acordo com a direção, o Hospital Regional Janduhy Carneiro, em Patos, atende mensalmente 6.500 pessoas no setor de urgência e emergência e são realizadas cerca de 50 cirurgias. O HRP atende 24 municípios da região de Patos e ainda de cidades do Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Sílvia Ximenes informou que nessa unidade ficam três médicos na especialidade de cirurgia geral em plantões de 24 horas.

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/12/medico-se-diverte-em-churrasco-na-hora-plantao.html

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Uruguai: o país destaque do ano de 2013

O Uruguai ganha o mundo

Presidente do Uruguai, José Mujica
 
 
 
O Uruguai quebrou mais um entre tantos paradigmas no ano que termina: sob um governo de esquerda, foi escolhido “país do ano” por uma publicação marcadamente liberal – a britânica The Economist.
Tal distinção foi concedida pela primeira vez na história de 170 anos da revista, acostumada a recomendar receituários austeros às nações de todo o mundo. Curiosamente, tais prescrições resumem tudo o que o presidente uruguaio José Mujica, ex-guerrilheiro tupamaro, rejeitava e rejeita ainda hoje.
Mais curioso ainda: os motivos que levaram a revista a eleger o Uruguai poderiam descrever em um tuíte o próprio Mujica: “Modesto, porém ousado, liberal e amante da diversão”. Fica claro que o Uruguai ganhou o mundo.
Poucas semanas atrás, o país aprovou um projeto de lei que regula a produção e venda de maconha. Antes, já havia dado sinal verde ao casamento gay e ao aborto.
O que motivou a revista foi, sobretudo, a Cannabis sativa. Diz a Economist: “É uma mudança tão sensível, que joga para fora os bandidos e permite que as autoridades se concentrem em crimes mais graves, que nenhum outro país a fez”. Ao lembrar o casamento gay, a revista acrescenta: a medida “aumentou a quantia mundial de felicidade humana sem custo financeiro”. Simples assim.
Quanto a Mujica, a definição da publicação é de que é um político de franqueza “incomum”.
O título informal é o apogeu de um ano no qual o Uruguai esteve em evidência. Em junho, o mundo se surpreendeu com o encontro entre o papa Francisco e Mujica, no Vaticano. Depois da reunião, foi dito que o Papa ficou “muito feliz por ter se reunido com um homem sábio”.
Nada mais apropriado que um papa jesuíta de prédica franciscana se sinta à vontade com Mujica. O presidente uruguaio é tido como o chefe de Estado mais pobre da América Latina. Mantém o mesmo patrimônio que tinha quando chegou ao poder, em 2010: a chácara distante 20 minutos do centro de Montevidéu e um fusca modelo 1987. Mujica doa 90% do salário mensal de US$ 12,5 mil a programas sociais. Há pouco, disse que adotará “30 ou 40” crianças de baixa renda ao fim de seu mandato.
– Mujica se tornou uma marca e sabe explorá-la. Apresenta-se como a antítese do político tradicional rodeado de luxos, protocolo e guarda-costas, ainda que tenha jogo de cintura para adaptar sua linguagem – analisa Gonzalo Terra, subeditor da seção nacional do jornal uruguaio El País, que diz que, enfim, a imagem de Mujica se impôs:
– Durante a campanha eleitoral, esse estilo gerava dúvidas, e muitos se perguntavam como representaria o país no âmbito internacional. Passados três anos, parece ter ganho essa batalha, pois fascina a mídia do mundo inteiro. Seu estilo não surpreende no Uruguai, porque sempre foi assim, o que não o salva de duras críticas internas por problemas de gestão.
Simpatia pelo discurso libertário...
Em setembro, José Mujica proferiu um discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em que provavelmente pavimentou de vez o caminho para o reconhecimento internacional.
As palavras de profundo teor humanitário tomaram conta das redes sociais. Foi como um hino hippie em pleno século 21. Mujica se pronunciou favoravelmente à ciência. Condenou as guerras. Ofereceu-se para intermediar as negociações entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo da Colômbia a fim de obter a paz buscada nos intermináveis diálogos travados em Havana.
– Ele é um homem que tem visão social e que preconiza a liberdade das pessoas. Merece receber as honrarias que tem recebido – diz Julio Rey, ativista pela liberação da maconha.
– O Uruguai se consagra como um país onde se reconhece um olhar generoso para uma sociedade heterogênea. Não há uma leitura homogeneizante – concorda a advogada Michelle Suárez, integrante do grupo Ovelhas Negras, ONG de defesa dos direitos da comunidade gay no Uruguai.
Na ONU, Mujica enfatizou a expressão “ninguém é melhor do que ninguém” e disse frases como “Olá a todos, venho do Sul, esquina com Atlântico e o Prata”, para acrescentar: “Nossa época continua dirigida pela acumulação e pelo mercado. Prometemos uma vida de resíduos e desperdícios”. Depois, emendou: “Minha história pessoal é a de um garoto, porque algum dia fui um garoto, que como outros quis mudar sua época, seu mundo, o sonho de uma sociedade libertária e sem classes”.
... e críticas a medidas temidas radicais
José Mujica, o homem que conduziu seu país a ser modelo para o mundo na avaliação da The Economist, também é motivo de críticas.
O senador Alfredo Solari (do opositor Partido Colorado) se vale de estudos científicos para dizer que a maconha causa danos neurológicos. E duvida da capacidade de fiscalização.
– Corremos o sério risco de nos tornar um foco regional para o turismo da Cannabis sativa, como teme a região, com toda razão. Além disso, a maconha prejudica os seres humanos – diz o senador, médico de formação.
O senador do Partido Nacional Jorge Larrañaga, ex-candidato presidencial, diz que legalizar a maconha sob o argumento de que a guerra às drogas falhou é uma forma de rendição.
– O governo vai vender um produto melhor e mais barato. É claro que isso vai fazer aumentar o consumo. Transformaremos o país em um centro de turismo da droga.
Também há ginecologistas que se rebelaram contra a legalização do aborto. Como? Negando-se a fazer o procedimento.
A ginecologista María Luján Chiesa reclama:
– A medicina existe para curar e salvar vidas. Sabemos muito bem que um aborto é um assassinato.
Também ginecologista, Ricardo Pou Ferrari, um dos ativistas contra o aborto, concorda:
– Nem a Sociedade de Ginecologia nem o Colégio Médico foram consultados. Foi uma legislação imposta de cima para baixo e que vai contra os princípios éticos mais elementares da nossa profissão.
O governo, por meio do ministro da Saúde, Leonel Briozzo, defende a lei dizendo que, ao permitir o aborto nas 12 primeiras semanas de gestação, quer preservar a vida das mulheres.
O que faz o país digno de nota
Começou com a instituição do divórcio no país, em 1907, décadas antes dos vizinhos de América Latina. Continuou com a regulamentação da jornada de oito horas, sete anos depois, com o direito de voto às mulheres, em 1932, até uma série de recentes medidas modernizadoras. O motivo da fascinação do mundo pelo Uruguai parece ser a vanguarda e a reinvenção constantes no país.
Casamento homoafetivo
O parlamento abriu as portas para a adoção de crianças por casais gays em 2009. Em 2010, o governo decretou o fim da restrição à entrada de homossexuais nas Forças Armadas. O Uruguai aprovou em maio o casamento homossexual, se tornando o segundo país latino-americano a tornar lei a união entre pessoas do mesmo gênero, depois da Argentina.
A questão do aborto
O aborto foi descriminalizado em outubro de 2012, mas não sem certa dificuldade. A legalização da prática foi aprovada pelo parlamento, em 2010, mas o então presidente, Tabaré Vázquez, que é médico, alegou questões éticas para vetar a medida. Em 2012, José Mujica apresentou novo projeto de lei, que foi aprovado e confirmado.
Regulamentação da maconha
Em novembro, foi aprovada a lei inédita que confere ao Estado o papel de regulador da comercialização e da produção de maconha no país. A legislação tem como intuito preservar o usuário da violência do narcotráfico e acabar com o crime organizado decorrente da indústria da droga.
O homem no topo
O comandante José Mujica, segundo a The Economist, é admiravelmente modesto. “Com uma franqueza atípica aos políticos, ele se referiu à nova lei (da maconha) como um experimento. Ele mora numa chácara humilde, vai ao trabalho dirigindo um Fusca e viaja de classe econômica”, diz a revista.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Piso do magistério reajustado em 19%: Governo Tarso seguirá fora da lei?

Garantido reajuste de 19% no piso salarial nacional dos professores para 2014
 
Professores de todo o País conquistaram uma grande vitória, ao fazer valer a lei do piso salarial nacional da categoria, que será reajustado em 19% em 2014. A afirmação é do deputado federal Chico Lopes (PCdoB), que destaca que, mesmo após lutar por décadas pela aprovação da lei do piso, os professores continuam mobilizados para que todos os estados e municípios cumpram a lei, em sua integralidade.
 
“É impressionante que, após tanto tempo de luta e passados cinco anos desde a aprovação da lei do piso, os professores ainda tenham de se mobilizar para cobrar aquilo que deveria ser natural: o cumprimento da lei”, ressalta Chico Lopes, se referindo aos estados e municípios que ainda não honram a lei do piso nacional dos professores – seja na garantia da remuneração (hoje no valor de R$ 1.567,00), seja no direito a um terço da carga horária para atividades extrassala, como planejamento e correção de provas.
“O STF confirmou a validade da lei, recusando o questionamento que havia sido feito por cinco governadores, quanto à lei do piso.
 
Mais recentemente, todos os governadores se uniram para questionar, junto ao Governo Federal, o reajuste de 19% previsto para o piso dos professores em 2014. Felizmente, mais uma vez, os professores saíram vitoriosos”, aponta Chico Lopes, professor e militante histórico da educação.
 
“Os governadores pediram que fosse mudada a forma de cálculo do reajuste do piso, para que o reajuste de 19% não fosse respeitado, dando lugar a um reajuste bem menor, de menos de 10%”, reconstitui Lopes.
 
“Denunciamos essa tentativa infeliz de desrespeitar a lei do piso. Felizmente, após a mobilização da sociedade, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, decidiu retirar da pauta o projeto que alterava o reajuste do piso dos professores. Assim, o reajuste de 19% está garantido para 2014. Uma vitória dos professores, da educação, da sociedade”, aponta Chico Lopes.
 
“Sabemos dos desafios dos estados e municípios, mas a União oferece recursos complementares, para ajudar. E já são cinco anos desde a aprovação da lei do piso, que precisa ser cumprida. É isso que a sociedade espera, por mais qualidade de ensino, mais dignidade para os professores, mais estímulo para que novos profissionais abracem essa carreira. Parabéns aos professores, que lutaram com coragem e terão, merecidamente, 19% de reajuste em 2014″.
 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

As relações nefastas de trabalho nos duros dias atuais

As relações nefastas de trabalho nos duros dias atuais



Por Leonardo F. Lemes

Os trabalhadores do século XXI convivem com uma máxima trazida como regra do modo de produção capitalista que afirma que as demissões são necessárias e que o profissional de hoje em dia não deve ficar muito tempo na mesma empresa. Esquecem os apoiadores deste apanágio, que as empresas não são apenas lugares de trabalho. São espaçotempos em que as pessoas formam vínculos de amizade, constroem expectativas de futuro e formam uma identidade social. Trabalhar em uma empresa transpassa a finalidade econômica. Óbvio, todos nós, inseridos como estamos nessa teia global marcada pela capitalização de tudo, trabalhamos para ganhar dinheiro. E quanto maior for o salário, melhor. Sabemos que as demissões, assim como as admissões permeiam a relação empregado-empregador. No entanto, o respeito mútuo deve sempre ser preservado. A demissão por si só, vista como um castigo, ou por uma mudança de postura da empresa (visando maiores lucros certamente) faz com que o lado humano fique de lado. As empresas são muito mais valorizadas do que as pessoas. O trabalhador é a parte mais frágil dessa relação. 
Considero inconcebível a demissão sem aviso prévio, sem uma discussão com o demissionário, levando em conta os diferentes contextos (como idade para aposentadoria ou gravidez do cônjuge). Se nossos sindicatos não fossem tão fragilizados como são, graças a esse modo de produção capitalista, poderia ser discutida com o sindicato uma possibilidade de remanejo ou transferência. Enfim, o que se verifica hoje em dia, é a demissão sumária, de natureza artificial e expansionista para que resultados e metas sejam alcançados. É a lógica de mercado.
O Centro Universitário La Salle, inserido nessa lógica de mercado, resolveu fechar cursos deficitários e demitir professores, sem qualquer discussão com a comunidade acadêmica ou com a sociedade. Apesar de ser uma instituição cristã com foco na educação, o Unilasalle rasga suas convicções acadêmicas em busca de lucro. Não se pode exigir moral e ética de instituições, reitores e pró-reitores quando se tem uma lógica dessas. Aliás, moral e ética nunca são pré-requisitos para a escolha de um cargo de chefia.
Unilasalle, mais uma organização que se degrada dia após dia sob nossos incrédulos olhares. Espero que os profissionais formados em Geografia nessa instituição, possam, através dos valiosos ensinamentos transmitidos pelos nossos mestres, fomentar a discussão para que algo mude nessas nefastas relações de trabalho.


“As organizações não são clubes, nem de anjos, nem de suicidas. Contudo, sempre podemos encontrar uns anjos caídos por aí. Esses, além de maldosos, costumam ser suicidas, e um perigo quando têm um pouquinho de poder nas mãos. Uma organização que não se abstém de alimentar seus anjos caídos, mais cedo ou mais tarde cairá sobre eles.”
Maria Ester de Freitas – FGV


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Neve no Egito!

Neve cai no Egito pela primeira vez em décadas

Cidade egípcia de Madinaty, vizinha à capital Cairo, ficou coberta de neve. Neve no Egito é um fenômeno raro
Esqueça as pirâmides, camelos e deserto. O que mais impressionou os egípcios nesta sexta-feira (13) foi a neve. Uma rara nevasca atingiu cidades do norte do Egito, incluindo a capital, Cairo, cobrindo o país de branco. Segundo meteorologistas, uma tempestade chegou ao Egito vinda do Mediterrâneo e derrubou as temperaturas no país. A capital, Cairo, e várias cidades próximas registraram temperaturas próximas a 0º C. No Monte Sinai, as temperaturas ficaram abaixo de zero. Nas redes sociais, internautas egípcios disseram que foi a primeira neve em mais de cem anos. A agência de meteorologia egípcia não confirma o dado. Já o vizinho Israel registrou a mais intensa nevasca desde 1953.
Como sempre acontece nessas situações, a neve em um local tão marcado pelo clima desértico volta a levantar argumentos e questionamentos contra o aquecimento global. Se o planeta está aquecendo, não era de se esperar que nevasse menos?
Na verdade, é preciso explicar que a rara neve no Egito não entra em contradição com as teorias e pesquisas científicas que provam que as mudanças climáticas são reais e causadas pelo homem. Os modelos científicos mostram que variações no clima são esperadas: anos mais quentes e anos mais frios, e diferenças de temperatura entre diferentes regiões do planeta são comuns. O que é certo é que, de década em década, as médias de temperatura do planeta só aumentaram, como mostra o gráfico abaixo.
Como o Egito não é um país acostumado com nevascas, o fenômeno complicou a vida dos cidadãos, fechou estradas e torna ainda mais difícil o atendimento aos sírios que atravessaram a fronteira fugindo da guerra e vivem hoje em campos de refugiados. Eventos extremos, sejam ondas de calor ou tempestades, podem ficar mais comuns como resultado da ação humana no clima.



sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Excelente: Aplicativo para compra consciente de roupas é lançado no Brasi

Aplicativo de compra consciente de roupas para Android e iPhone é lançado no Brasil. 'Moda Livre' avalia ações tomadas pelas principais varejistas de roupa do país para combater o trabalho escravo em seus fornecedores

 
O aplicativo Moda Livre, lançado nesta quarta-feira (11), é gratuito para smartphones e está disponível para os sistemas operacionais Android e iOS. O lançamento faz parte da comemoração do aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa 65 anos nesta semana. E pretende ser uma ferramenta útil para o consumidor que está indo às compras para o Natal.
 
Fruto da apuração da equipe de jornalismo da agência Repórter Brasil e do design e desenvolvimento da agência PiU Comunica, o App traz ao público – de forma ágil e acessível – as ações que as principais varejistas de roupas do país vêm tomando para evitar que as peças de vestuário vendidas em suas lojas sejam produzidas por mão de obra escrava.
 
Além das marcas dos dez maiores grupos varejistas do mercado, também foram incluídas empresas envolvidas em casos de trabalho escravo flagrados por fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego até junho deste ano. Isso totaliza 22 marcas nesta primeira versão.
 
O aplicativo será atualizado, de acordo com mudanças nas políticas das empresas, e acrescido de novas marcas ao longo do tempo.
Todas as companhias listadas no Moda Livre foram convidadas a responder um amplo questionário baseado em quatro indicadores:
1. Políticas: compromissos assumidos pelas empresas para combater o trabalho escravo em sua cadeia de fornecimento.
2. Monitoramento: medidas adotadas pelas empresas para fiscalizar seus fornecedores de roupa.
3. Transparência: ações tomadas pelas empresas para comunicar a seus clientes o que vêm fazendo para monitorar fornecedores e combater o trabalho escravo.
4. Histórico: resumo do envolvimento das empresas em casos de trabalho escravo, segundo o governo.
 
Com base nas respostas, as empresas receberam uma pontuação que as classifica em três categorias de cores (verde, amarelo e vermelho), de acordo com as medidas que tomam para combater o trabalho escravo. Aquelas que não responderam ao questionário, apesar dos insistentes convites, foram automaticamente incluídas na categoria vermelha.
 
É importante ressaltar que o Moda Livre não recomenda que o consumidor compre ou deixe de comprar roupas de determinada marca. Apenas fornece informações para que faça a escolha de forma consciente.
 
O App está disponível na loja da Apple e no Google Play e roda nos sistemas operacionais iOs 5+ e Android 4+. Pode ser encontrado com os termos de busca “moda livre” e “moda livre repórter brasil” ou através dos links na Apple Store (http://is.gd/htz9d9) e no Google Play (http://is.gd/9KtOEH).

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Uruguai aprova Lei da Maconha

Uruguai pioneiro
 
A erva da discórdia
 
Por 16 votos a favor e 13 contra, o Senado uruguaio aprovou a chamada Lei da Maconha. A partir desta quarta-feira (11), o pequeno país sul-americano será o primeiro do mundo a legalizar e regulamentar a produção, venda e o consumo da marijuana.
 
Antes mesmo de a votação terminar, defensores da lei marcharam até o Congresso para festejar. No Uruguai, o consumo de maconha (ou de qualquer outra droga) não é considerado crime há 40 anos, mas era proibido comprar e vender os produtos. A nova lei pretende acabar com essa contradição e buscar uma alternativa à guerra contra as drogas.
 
Estima-se que 28 mil uruguaios (5% da população entre 15 e 65 anos) fumam um cigarro de maconha por dia. Comparado com outros países, é um mercado pequeno – mas move US$ 40 milhões ao ano e tem crescido, apesar das políticas de combate ao narcotráfico.
 
O presidente do Uruguai, Jose “Pepe” Mujica, quer que o Estado regule o comércio e uso dessa droga – a quarta mais consumida no país, depois de bebidas alcoolicas, cigarros e remédios psiquiátricos. Pelo menos a metade dos uruguaios, no entanto, segundo as pesquisas de opinião, acha que a nova política não vai funcionar e que pode inclusive facilitar a vida dos narcotraficantes.
 
Pela nova lei – que deve levar cerca de 120 dias para ser regulamentada e colocada em prática – o governo vai distribuir licenças para o cultivo de até 40 hectares de marijuana, que será usada em pesquisas científicas, na indústria e para consumo recreativo. Os consumidores (residentes uruguaios maiores de 18 anos e devidamente registrados) terão direito a comprar até 40 gramas por mês nas farmácias, a preços inferiores aos do mercado negro. E quem quiser pode plantar até seis pés de maconha em casa – sempre e quando forem declarados.
 
Os críticos da lei dizem que o governo não tem como controlar o cultivo doméstico ou impedir que um consumidor uruguaio compre a droga na farmácia para revendê-la no mercado negro. Os defensores da lei argumentam que a “guerra contra as drogas”, implementada durante as últimas décadas, fracassou no Uruguai e em outros países.
 
Em 2016, a Organização das Nações Unidas vai rever as políticas de combate ao narcotráfico e seus resultados. Segundo Diego Pieri, que fez campanha pela aprovação da lei uruguaia, nos últimos anos mais países e até estados norte-americanos têm buscado alternativas para regular o mercado em vez de tentar destruí-lo com armas. “Os ventos estão mudando, mas vai levar tempo convencer outros países a mudar de estratégia”, disse Pieri, em entrevista à Agência Brasil. “Por isso mesmo, o presidente Mujica pediu apoio internacional à sua iniciativa”.
 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Reportagem elucidativa sobre o Programa Mais Médicos, do Governo Federal

Faltam chegar mais de mil profissionais, mas população aprova programa Mais Médicos do Governo Federal
Médico cubano recebendo um agradecimento de uma paceinte, em Pelotas.

 
Com quatro meses de programa, o Mais Médicos trouxe 363 profissionais para o Estado — número quase quatro vezes menor do que o solicitado pelas prefeituras, que é de 1.395.
Ainda assim, os gestores comemoram e acreditam na promessa do governo de, até março, ter todas as vagas ocupadas.
 
No Rio Grande do Sul, históricos buracos na assistência médica começam a ser cobertos, como em cidades da fronteira com o Uruguai e outras da Região Metropolitana, como Alvorada e Viamão, segundo Alcides Silva de Miranda, médico, professor da UFRGS e doutor em saúde coletiva:
— Antes não se tinha nada em atenção primária nesses municípios, mas ainda falta consolidar a presença dos médicos com equipe estruturada e infraestrutura para que o programa não seja apenas uma prática eleitoreira. E isso surge naturalmente com a apropriação da população, que começa a reivindicar que aquilo seja mantido e qualificado.
 
O professor cita como exemplo o sul de Portugal, que recebeu médicos cubanos. Ao final do intercâmbio, o povo se revoltou e exigiu a presença de médicos — fossem estrangeiros ou não. Mas os planos do governo brasileiro não colocam o Estado como prioridade. O foco do programa é o Nordeste. Até porque o número de médicos a cada mil habitantes no RS é quase o ideal. O Estado está em 4º lugar no ranking: são 2,23, quando o almejado é 2,7. No Brasil, a média cai para 1,83.
 
Estaria aí uma das explicações para a demora na chegada dos médicos ao Estado. As outras justificativas atingem também todo o país: denúncias de diplomas falsos, criação de lei que amparasse o programa e a necessidade de trocar de estratégia.
— O plano inicial era apenas chamar médicos cubanos. Mas, diante do rechaço das entidades médicas, houve uma mudança de planos, que acabou atrasando o programa — conclui Alcindo Antônio Ferla, professor da UFRGS do programa de pós-graduação em saúde coletiva.
 
Municípios podem ter pedido a mais do que o necessário
Uma das medidas que pressionou o país a adotar o programa foi um abaixo-assinado de 4 mil prefeitos entregue pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). O presidente da FNP e prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), está otimista:
— O retorno das comunidades é muito bom. Agora, nossa cobrança é para acelerar o envio de médicos.
Mesmo em março, prazo máximo para atingir a meta, é possível que o Estado não consiga todo o contingente solicitado. Isso porque o Ministério da Saúde recebeu 16 mil pedidos ao total no país, mas calcula que a capacidade máxima de absorção seja de 13 mil.
Ainda assim, para Ferla, talvez esses números não façam tanta diferença, pois os municípios teriam já pedido a mais do que o necessário, segundo o professor:
— Os municípios pensam "vamos chutar para o alto porque, se houver corte, temos garantia". Mas o ministério não se baseia tanto nos pedidos, mas em uma análise minuciosa da necessidade de cada um.
 
Por que a maioria é de cubanos?
Em uma análise dos dados atuais do Mais Médicos, nota-se que a maioria é cubana, tanto no Brasil — são
5,4 mil para 6,6 mil — quanto no Estado — são 251 para 363. Para especialistas, a primeira explicação está na facilidade: os cubanos vêm em um convênio, em bloco, e podem ser movidos para qualquer local, enquanto os demais selecionados podem escolher para qual cidade vão. Portanto, em termos logísticos, é mais fácil manejá-los.
— Se a pessoa decide vir para o país sem saber onde vai morar é porque está muito insatisfeita com seu local de origem — acredita a professora da UFRGS, com experiência em saúde coletiva, Carmen Duro.
Os médicos cubanos entrevistados em Pelotas negam a suspeita e falam em espalhar conhecimento e melhorar realidades:
— Eu tenho casa, família e trabalho em Cuba. Vim por minha livre vontade, como já fui para Namíbia, Gana e Venezuela, para a-y-u-d-a-r — fala pausadamente a médica Odalis Toledo Luzardo, revelando o sotaque.
O convênio que trouxe cubanos ao país é um acerto intermediado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
 
Índice de aprovação sobe no Sul
Dados da 116ª Pesquisa CNT/MDA, da Confederação Nacional do Transporte, revelaram crescente aprovação da população no Mais Médicos: em julho, 44,5% dos moradores do sul do país apoiavam a ideia e, em novembro, o índice pulou para 84,6%. A classe médica brasileira, por sua vez, começa a sentir que cometeu erros ao avaliar o programa e defender causas "corporativistas", segundo definem alguns especialistas.
Tentaram disseminar que os cubanos tinham má formação, o que é mentira. Se duvidar, eles têm até uma melhor formação que a nossa. O discurso das entidades bate direto contra o pensamento geral da população, porque, para uma mãe de família, é muito simples: quer que seu filho seja atendido por um médico cubano ou por ninguém? — afirma o médico Alcides Silva de Miranda.
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul, Fernando Matos, afirma que a entidade não é contra o programa. O único questionamento hoje é em relação à falta de exames de proficiência em português e o Revalida, teste para revalidar o diploma no país, cujo índice de reprovação em 2012 foi de 92%.
 
O PROGRAMA
Hoje são 6,6 mil profissionais em todo o país
O governo federal já deu início ao 3º ciclo do programa. Profissionais que quiserem participar terão até o dia 9 de dezembro para se inscrever. Médicos estrangeiros ou com registro profissional em outros países devem anexar ao formulário os documentos validados pelos consulados até o dia 13. Já são 6,6 mil novos médicos no programa, e a meta é ter 13 mil atuando no Brasil até março de 2014. As áreas consideradas prioritárias para o SUS são as regiões metropolitanas, municípios remotos e distritos sanitários indígenas. A lista completa dos profissionais e a quantidade de médicos para cada município gaúcho será divulgada no início da próxima semana.
Como surgiu
Lançado em 8 de julho, o Mais Médicos é parte de um pacto lançado pelo governo federal para melhorar o atendimento aos usuários do SUS por meio de investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades básicas de saúde e ampliação do número de médicos nas regiões carentes do país. Os profissionais recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados. Os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos, e as vagas remanescentes são oferecidas aos estrangeiros.
 
NÚMEROS DO ESTADO
Total de médicos — 363
Cubanos — 251
Brasileiros — 38
Outras nacionalidades — 74
NÚMEROS DO BRASIL
Total de médicos — 6.678
Cubanos — 5,4 mil
Brasileiros — 819
Outras nacionalidades — 459
DISTRIBUIÇÃO NO ESTADO
Até agora, 107 municípios foram contemplados, com o recebimento de 363 médicos estrangeiros
220 deles em atuação na região metropolitana de Porto Alegre
81 na região sul
38 no Centro Oeste do Estado
Os demais distribuídos pelas outras regiões do RS
Desse total, 72% são cubanos, e os demais pertencem a 15 diferentes nacionalidades.
As cidades atendidas
Os médicos cubanos que desembarcaram neste fim de semana em Porto Alegre atenderão em 86 municípios
Alecrim
Alegrete
Alvorada
Arroio do Meio
Arroio do Padre
Arroio do Sal
Arroio do Tigre
Bagé
Barra do Quaraí
Butiá
Caçapava do Sul
Cachoeira do Sul
Cachoeirinha
Candiota
Canguçu
Canoas
Capela de Santana
Carlos Barbosa
Cerrito
Cidreira
Colorado
Cristal
Dois Irmãos
Dom Feliciano
Dom Pedrito
Doutor Maurício Cardoso
Eldorado do Sul
Encruzilhada do Sul
Esperança do Sul
Estância Velha
Farroupilha
Flores da Cunha
Formigueiro
Fortaleza dos Valos
Garibaldi
Gravataí
Guaíba
Herval
Ivoti
Jacuizinho
Lavras do Sul
Mampituba
Monte Belo do Sul
Morrinhos do Sul
Morro Redondo
Mostardas
Nova Palma
Nova Santa Rita
Novo Hamburgo
Palmares do Sul
Parobé
Pelotas
Pinto Bandeira
Pirapó
Piratini
Portão
Porto Alegre
Porto Lucena
Porto Mauá
Porto Vera Cruz
Quaraí
Redentora
Restinga Seca
Rio Grande
Rio Pardo
Salto do Jacuí
Santa Maria
Santa Tereza
Santa Vitória do Palmar
Santana da Boa Vista
Santo Antônio da Patrulha
São Jerônimo
São José do Norte
São Leopoldo
São Lourenço do Sul
São Marcos
São Sepé
Sapiranga
Sertão
Taquara
Tavares
Terra de Areia
Tiradentes do Sul
Triunfo
Turuçu
Viamão
Fonte: lista preliminar divulgada pela Secretaria Estadual da Saúde

Fonte:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/12/faltam-chegar-mais-de-mil-profissionais-mas-populacao-aprova-programa-4358440.html

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nelson Mandela convida a humanidade à grandeza

Nelson Mandela convida a humanidade à grandeza


 
Nelson Mandela foi um dos que foram mais longe naquilo que podemos ser. Sua vida e sua obra, que são indistinguíveis, representam um convite à grandeza. Um convite dirigido a cada um de nós individualmente e à humanidade em seu conjunto. Um convite alicerçado numa experiência humana que viveu os extremos do que a nossa espécie é capaz: os extremos de vilania, da maldade e da sordidez e os extremos da generosidade, da beleza e da coragem.
 
Paul Valéry escreve em “Introdução ao Método de Leonardo da Vinci”:
“O que fica de um homem é o que nos leva a pensar seu nome e as obras que fazem desse nome um signo de admiração, de ódio ou de indiferença. Pensamos o que ele pensou e podemos reencontrar entre suas obras esse pensamento que lhe é dado por nós: podemos refazer esse pensamento à imagem do nosso”.
A melhor homenagem que podemos prestar a Nelson Mandela é, tomando a formulação de Valéry, pensar o que ele pensou e no que ele pensou. Aqui vão alguns pensamentos desse homem que nos apontou a possibilidade de um destino de grandeza para toda a humanidade:
 
O que mais nos amedronta
“Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes. Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa sabedoria, não nossa ignorância, o que mais nos amedronta. Nos perguntamos: “Quem sou eu para ser brilhante, belo, talentoso e incrível?” Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?…Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você. E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. Não poderás encontrar nenhuma paixão se te conformas com uma vida que é inferior àquela que és capaz de viver.
 
Sobre amar e odiar
Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.
 
Uma boa cabeça e um bom coração
Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração. Uma boa cabeça, um bom coração, formam uma formidável combinação !
 
Coragem e medo
Aprendi que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas o que conquista esse medo. Conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera os outros.
 
A minha missão na Terra
Quando penso no passado, no tipo de coisas que me fizeram, sinto-me furioso, mas, mais uma vez, isso é apenas um sentimento. O cérebro sempre domina e me diz: tens um tempo limitado de estada na Terra e deves tentar usar esse período para transformar o teu país naquilo que desejas.
 
Honra tua profissão
Considero isso como um dever que tinha, não apenas com meu povo, mas também com minha profissão, praticar a lei e a justiça para toda a humanidade, gritar contra esta discriminação que é essencialmente injusta e oposta a toda a base de atitude através da justiça que integra a tradição do treinamento legal neste país. Eu acreditei que ao me opor contra esta injustiça eu deteria a dignidade do que seria uma profissão honrada. (Mandela era advogado)
 
Acordo e conflitos
Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito e inspirar esperança onde há desespero. Se tu queres fazer as pazes com o teu inimigo, tens que trabalhar com o teu inimigo. E então ele torna-se o teu parceiro.
 
A educação e a alma de uma sociedade
Não existe revelação mais nítida da alma de uma sociedade do que a forma como esta trata as suas crianças. A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela que a filha de um camponês se torna médica, que o filho de um mineiro pode chegar a chefe de mina, que um filho de trabalhadores rurais pode chegar a presidente de uma grande nação.
 
O apartheid e a luta pela liberdade
O apartheid permanecerá para sempre como uma mancha que não será apagada da história da humanidade o mero fato de que o crime do apartheid ocorreu. Sem dúvida as gerações futuras perguntarão: ‘Que erro se cometeu para que esse sistema pudesse vigorar depois de ter sido aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos? Permanecerá para sempre como uma acusação e um desafio a todos os homens e mulheres o fato de que demoramos tanto tempo para bater o pé e dizer já basta.
Não existe nenhum passeio fácil para a liberdade em lado nenhum, e muitos de nós teremos que atravessar o vale da sombra da morte vezes sem conta até que consigamos atingir o cume da montanha dos nossos desejos. A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias.
 
Ser honesto consigo mesmo
A prioridade é sermos honestos conosco. Nunca poderemos ter um impacto na sociedade se não nos mudarmos primeiro. Os grandes pacificadores são todos gente de grande integridade e honestidade mas, também, de humildade.
 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A enxurrada de hoje em Caxias do Sul

Chuva muda o cenário da Cascata Véu de Noiva, em Galópolis



                                     Temporal alagou diversos pontos de Caxias do Sul

A chuva que caiu nesta quinta-feira na região mudou o cenário da Cascata Véu de Noiva, em Galópolis.

Vários pontos de Caxias do Sul ficaram alagados depois da forte chuva que começou na madrugada desta quinta-feira.

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/12/foto-chuva-muda-o-cenario-da-cascata-veu-de-noiva-em-galopolis-4355120.html

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Expectativa de vida do brasileiro sobe para 74,6 anos, aponta IBGE

Geografia do Brasil

Esperança de vida ao nascer era de 74,08 anos em 2011. Atualização serve de parâmetro para determinação do fator previdenciário



A esperança de vida ao nascer no Brasil subiu para 74,6 anos em 2012, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas Tábuas Completas de Mortalidade. Em 2011, a esperança de vida ao nascer era de 74,08 anos.

As Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil são usadas pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

Mesmo que ligeiro, o aumento da esperança de vida afeta o bolso dos brasileiros. Quando a expectativa de vida aumenta, maior é o desconto do fator previdenciário nas aposentadorias, ou seja, menor é o valor do benefício. 

Homens  

A esperança de vida ao nascer dos homens brasileiros aumentou em 4 meses e 10 dias, passando de 70,6 anos em 2011 para 71,0 anos em 2012, segundo a Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil. As mulheres, que já vivem mais do que os homens, tiveram aumento ainda maior na expectativa de vida ao nascer, saindo de 77,7 anos em 2011 para 78,3 anos em 2012, um acréscimo de 6 meses e 25 dias.

A Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil de 2012 tem como base a Projeção da População para o período 2000-2060 e incorpora dados populacionais do Censo Demográfico 2010, estimativas da mortalidade infantil com base no mesmo levantamento censitário e informações sobre notificações e registros oficiais de óbitos por sexo e idade.

Os dados são usados pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

IBGE mostra crescimento do número de casais sem filhos no Brasil

Geografia do Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira, o estudo Síntese de Indicadores Sociais 2013. O levantamento, de 269 páginas, faz uma análise das condições de vida dos brasileiros, contemplando aspectos demográficos, arranjos familiares, domicílios, educação, saúde, trabalho e rendimento.
O conjunto de indicadores tem por objetivo conhecer a realidade do país, sobretudo para avaliar a qualidade de vida, os níveis de bem-estar, a efetivação dos direitos humanos e sociais, além de acesso a serviços bens e oportunidades.
"Entre 2002 e 2012, a sociedade brasileira passou por mudanças que produziram impactos significativos sobre as condições de vida da população", de acordo com o texto. A pesquisa fala que o dinamismo do mercado de trabalho se traduziu no crescimento da população ocupada e na formalização das relações de trabalho. O acesso de mais trabalhadores ao mercado de consumo reduziu os diferenciais de rendimento, diz o texto.
Consta no estudo que "a criação, ampliação e consolidação de um conjunto de políticas de transferência de renda voltadas para segmentos da população historicamente excluídos de medidas protetivas por parte do Estado contribuiu também para a redução nos indicadores de desigualdade de rendimento, acesso a programas e serviços de saúde na área de atenção básica e frequência escolar".
Confira alguns dados apresentados no estudo:
Famílias e domicílios
Quanto aos padrões da dinâmica familiar, observa-se que os brasileiros estão mais propensos a experimentar diferentes estruturas de família. Um dos reflexos é o crescimento da mulher na força de trabalho.
Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), foram encontrados 65,9 milhões de arranjos familiares em 2012, a maioria compostos por pessoas com parentesco (86,6%). Na comparação com 2002, destaca-se o crescimento da proporção de pessoas que vivem sós — em 10 anos, passou de 9,3% para 13,2%. Na Região Sul, o percentual de arranjos unipessoais é, conforme a pesquisa, dividido da seguinte forma: 44,9% por homens e 55,1% por mulheres.
Entre 2002 e 2012, reduziram os arranjos familiares constituídos por casal com filhos (52,7% para 45%) e aumentaram os casais sem filhos (14% para 19%). Nas famílias constituídas por mulher sem cônjuge com filhos, a proporção passou de 17,9% para 16,2% no mesmo período.
Aspectos demográficos
A distribuição da população por idade e sexo aponta para a tendência de envelhecimento. Em 2002, o estreitamento da base da pirâmide era um fenômeno real — os grupos de zero a quatro anos eram menores do que os grupos de 10 a 14 anos. Uma década depois, observou-se que o estreitamento da base da pirâmide se acentuou. A participação do grupo com até 24 anos passa de 47,4% em 2002 para 39,6% em 2012. Na faixa de 45 anos ou mais passou de 23% para 29,9% no mesmo período.
Nos indicadores de fecundidade, a taxa de fecundidade total (número médio de filhos que uma mulher teria ao fim do período reprodutivo) chegou 1,8 no ano passado. Os valores mais elevados foram observados no Acre (2,7) e os mais baixos no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Santa Catarina e no Distrito Federal (1,6).
Educação
Segundo a PNAD 2012, cresceu o acesso ao sistema educacional em comparação com 2002, principalmente em relação à Educação Infantil. Em 2012, a taxa de escolarização das crianças de zero a três anos e de quatro e cinco anos era de 21,2% e 78,2%. Em 2002, as proporções eram 11,7% e 56,7%.
No ano passado, 32,3% dos jovens de 18 a 24 anos não haviam concluído o Ensino Médio e não estavam estudando, uma queda de 8,8 pontos percentuais na última década. Houve uma queda de 3,2 pontos percentuais na taxa de analfabetismo entre as pessoas de 15 anos ou mais, reduzindo de 11,9% para 8,7% em 10 anos.
A taxa de frequência líquida a estabelecimentos de ensino no Rio Grande do Sul, em 2012, entre pessoas de seis a 24 anos é a seguinte (em %): 92,1 (seis a 14 anos, Ensino Fundamental), 53,6 (15 a 17 anos, Ensino Médio) e 19 (18 a 24 anos, Ensino Superior).
Trabalho
A partir de meados da década de 2000, o mercado de trabalho brasileiro apresentou um comportamento diferente de décadas anteriores — aumentou o número de trabalhadores no processo produtivo, diminuindo as taxas de desocupação. Porém, não ocorreram grandes mudanças quanto às características do desemprego: as maiores taxas estão entre mulheres e jovens.
Na última década, houve um aumento significativo da proporção de trabalhadores em ocupações formais. O índice passou de 44,6% em 2002 para 56,9% em 2012.
No Rio Grande do Sul, o rendimento médio das pessoas com 16 anos ou mais, ocupadas em trabalhos formais ou informais, é de R$ 1.512 (R$ 1.704 entre os homens e R$ 1.254 entre as mulheres).
Padrão de vida e distribuição de renda
Conforme a pesquisa, ao menos até 2008, o crescimento econômico e a consequente expansão quantitativa e qualitativa do emprego, no Brasil, são fatores provenientes tanto da economia mundial quanto da economia doméstica. Primeiro, devido à forte ampliação das exportações brasileiras — o que gerou aumento da participação no Produto Interno Bruto (PIB). A partir do último trimestre de 2008 e todo o ano de 2009, os reflexos da crise mundial foram mais intensamente observados (e disseminados), já que o cenário externo contribuiu negativamente para o crescimento do país.
Em consequência disso, o consumo doméstico prevaleceu na sustentação do mercado de trabalho no Brasil. Muito devido à política de recuperação do salário mínimo, além de medidas de expansão do crédito e da consolidação de programas sociais de transferência de renda, o que impulsionou o consumo das famílias.
Saúde
Conforme a meta internacional, o Brasil deve reduzir a mortalidade infantil — de 1990 a 2015 — para 17,9 óbitos para casa mil nascimentos. E os dados mostram essa tendência de redução. Já em 2010, por exemplo, chegou-se perto desse objetivo, com o número batendo na casa de 18,6 para casa nascido vivo.
Em comparação a 1990, houve gradativa e destacada evolução. Naquele ano, a mortalidade era de 53,7 óbitos para cada mil nascimentos. Ainda assim, há fortes diferenças regionais: na região Sul, o índice era de 15,5, enquanto que no Norte e no Nordeste, de 25,0 e 22,1, respectivamente.