quinta-feira, 31 de julho de 2014

Bolívia revoga acordo de vistos com Israel por considerá-lo “Estado terrorista”

Outro anão diplomático?



O presidente da Bolívia Evo Morales anunciou, após reunião de gabinete realizada na quinta-feira (30), que decidiu revogar um acordo estabelecido com Israel em 1972, pelo qual os cidadãos israelenses podiam ingressar no país sul-americano sem necessidade de visto.
“O Estado boliviano e o povo tomamos a firme decisão de revogar o acordo sobre vistos com Israel, de 17 de agosto de 1972, firmado sob o regime ditatorial da Bolívia e que permitia aos cidadãos israelenses ingressar no país livremente, sem sequer precisar de visto. A partir de agora, Israel passa ao grupo de países 3”, informou. ”Ir para a lista 3 significa, em outras palavras, que estamos o declarando [Israel um Estado terrorista”, disse, depois de justificar a decisão. “Lamentavelmente, o governo de Israel não respeita as convenções internacionais e os direitos humanos”, completou.
Agora, de acordo com Morales, a entrada de israelenses no país será feita por meio consulta prévia à Direção Nacional de Migração, que irá avaliar a pertinência e a justificativa de seus ingressos.
Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/bolivia-revoga-acordo-de-vistos-com-israel-por-considera-lo-estado-terrorista/

Como o conflito em Gaza e os 100 anos da I Guerra podem cair nos vestibulares e no Enem

Em frente à Cúpula da Rocha da Mesquita de Omar, em Jerusalém, palestinos protestam contra ofensiva de Israel
Nestes tempos em que guerras centenárias são lembradas e conflitos sem fim ressurgem com nova força, é preciso ficar atento. Tanto pela importância histórica quanto pela atualidade de confrontos recorrentes, a temática bélica tem grandes chances de cair nos vestibulares e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). E, para se dar bem em história e geografia, é importante acompanhar as últimas notícias: nelas podem estar informações fundamentais para a compreensão das perguntas.
Assunto frequente no noticiário é que o ano de 2014 marca o centenário da I Guerra Mundial, conflito que terminou em 1918 deixando consequências profundas no mundo inteiro. A Grande Guerra, que teve início com uma ofensiva da Áustria-Hungria à Sérvia, acabou envolvendo países dos cinco continentes e derrubando impérios, forjando alianças, redefinindo territórios e causando a morte de milhões de soldados e civis por todo o planeta. Ano sim, ano não, é questão praticamente certa nas principais provas de acesso à universidade.
Em pleno julho, Enem e vestibulares seguem em fase de elaboração, e as bancas estão atentas às novidades – que podem motivar questões cobrando a contextualização com eventos antigos que ainda mantêm importância histórica e persistem influenciando os rumos de alguns países. Ao colocar em cheque a neutralidade das nações e utilizar as armas mais destrutivas até então vistas, incluindo um inédito ataque de armas químicas, a I Guerra ajudou a estabelecer a realidade bélica aos tempos modernos. E há uma infinidade de temas que podem ser abordados nas provas: inclusive com relação ao Brasil.
– A UFRGS gosta muito dessas efemérides. Para 2014, é muito provável que caia algo sobre a I Guerra. Podem fazer uma relação com o papel do Brasil nesse contexto, talvez questionando como o país estava no período, política e economicamente – afirma o professor Alexandre Schiavoni, que dá aulas de história no Anglo Vestibulares em Porto Alegre. – É uma questão interessante de se abordar, até porque os efeitos acabaram sendo positivos para o Brasil. Seria também uma abordagem próxima à do Enem, experiência que a UFRGS tem feito ultimamente – conclui.
As consequências do conflito no país, que enquanto durou a guerra não pôde contar com produtos importados da Europa, incluem um surto industrial entre 1914 e 1918 que seria importante para o posterior desenvolvimento desse setor na Era Vargas, segundo Schiavoni. Ele levanta ainda a possibilidade de que esse desenvolvimento econômico nacional seja relacionado à situação brasileira em outras crises mundiais, como o crash de 1929 e a II Guerra Mundial.
No Oriente Médio, tensão em Israel e Gaza
Sem uma data marcante que motive sua cobrança nas provas, a escalada de violência entre israelenses e palestinos merece destaque por outro aspecto: é um conflito recorrente que recentemente ganhou nova projeção na tumultuada Faixa de Gaza. Como as raízes são antigas, é provável que esse confronto no Oriente Médio motive uma abordagem histórica, retomando importantes fatos de um passado nem tão distante. Os professores destacam que atualidades aparecem muito pouco na prova de história da UFRGS, mas são frequentes em questões de geografia e no Enem.

Nesse sentido, as diferenças entre as principais facções palestinas (Fatah eHamas), suas tendências religiosas e que áreas controlam – ou por quais brigam – são alguns dos pontos que podem cair nas questões. Ainda a derrocada dos impérios e como isso culminou no restabelecimento de fronteiras, com consequências políticas e socioeconômicas, deve estar na mira dos estudantes.
– Faz-se necessário dominar os mais importantes aspectos que permeiam o conflito da região, tais como a criação do Estado de Israel (1948), a Guerra dos Seis Dias (1967), a Guerra do Yom Kippur (1973), a Intifada e o surgimento do Hamas (1987), os acordos de Oslo (1993), entre vários outros – afirma Iair Grinschpun, professor de história dos pré-vestibulares Fênix e Unificado.
Grinschpun destaca que há, inclusive, uma conexão entre os conflitos no Oriente Médio e a I Guerra Mundial. Segundo o professor, a origem da maioria dos problemas atuais na região remonta exatamente à desagregação do Império Turco-Otomano ao final da Grande Guerra.
Assim, tanto o centenário de um conflito encerrado quanto a retomada de um confronto histórico, ambos presentes no noticiário, apresentam uma relação que exige olhar atento às novidades e aos aspectos históricos e pode em breve sair das páginas do jornal para as provas.
Soldados franceses saem de trincheira para atacar a Alemanha na Batalha de Verdun, em 1916 (Foto: AFP)
Primeira Guerra Mundial
Segundo o historiador Eric Hobsbawm (falecido em 2012), o século 20 é o mais curto da História. No seu entendimento, o século começou em 1914, data em que estourava a I Guerra Mundial (I GM). Esse conflito alterou completamente a dinâmica geopolítica mundial e, por isso, sua relevância é inquestionável.

A I GM é tema recorrente em concursos de vestibular. Como este ano marca o centenário do início dessa guerra, existe a chance de aparecer algum tipo de referência ao episódio, seja no Enem ou na prova da UFRGS. Usualmente, aborda-se o contexto imediatamente anterior à guerra: as disputas imperialistas, as rivalidades entre Alemanha e França ou Alemanha e Inglaterra, bem como os conflitos da região balcânica, onde a guerra propriamente começou. É possível também relacionar a I GM com o advento da Revolução Russa. Finalmente, pode-se analisar o mundo pós-guerra. Neste caso, convém ter noção sobre o Tratado de Versalhes e suas implicações, as mudanças na geopolítica mundial com o aumento de destaque para os EUA e o enfraquecimento europeu, além das mudanças fronteiriças resultantes da guerra, assinalando o surgimento de novos países e o fim de quatro grandes impérios (Alemão, Austro-Húngaro, Russo e Turco-Otomano).
Iair Grinschpun, professor de história do Grupo Unificado, do Fênix Pré-Vestibular e do Faça História
Palestinos caminham sobre escombros durante trégua humanitária na Faixa de Gaza em 26 de julho de 2014 (Foto: AFP)
Palestinos e israelenses
Muitas são as possibilidades que as provas de geografia da UFRGS e de Ciências Humanas do Enem podem trazer à tona sobre a situação de Gaza e Israel. Podemos tentar apostar em algumas abordagens. Ao invés de focar nas causas/consequências do conflito em si, as provas poderão trazer questões em que o aluno terá de relacionar o panorama político/econômico do Brasil frente aos momentos distintos do conflito, com afirmativas do tipo: “No conhecido 1º choque do petróleo, o Brasil importava dos países árabes cerca de 85% do petróleo utilizado. Hoje, mesmo frente às descobertas do pré-sal, o país ainda é um grande importador de derivados.”

Ou poderão fazer referência à participação brasileira em mais de 30 operações na história da ONU (Suez, Angola, Moçambique, Timor-Leste e Haiti, dentre outras) contradizendo a declaração “O Brasil é um anão diplomático”. Mencionar o atual momento em Gaza também pode ser uma estratégia das bancas para ilustrar e questionar sobre o entendimento de conceitos pertinentes ao conflito, como: nação/território/estado, laicismo e fundamentalismo, direitos humanos e as dinâmicas das populações frente à escassez de recursos básicos (água, comida, voz), antissemitismo, terrorismo e terrorismo de Estado. Ou, ainda, sobre os tipos de conflitos em si: guerra entre estados, guerra civil ou separatismo.
De qualquer maneira, o conflito remonta a décadas e está longe de ter um desfecho digno, em razão do fundamentalismo presente e atuante nos dois lados.
Alexandre Rosa, professor de geografia do Anglo Pré-Vestibulares
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vestibular/noticia/2014/07/como-o-conflito-em-gaza-e-os-100-anos-da-i-guerra-podem-cair-nos-vestibulares-e-no-enem-4563559.html

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Israel bombardeia mais uma escola da ONU e mata 20 palestinos

Novo ataque israelense contra escola da ONU deixa ao menos 20 mortos em Gaza. Além dos falecidos, pelo menos 50 palestinos ficaram feridos no bombardeio

Bombardeio de Israel em Gaza (Efe)

Pelo menos 20 palestinos morreram e outros 50 ficaram feridos nesta quarta-feira (30/07) em um bombardeio das Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) contra uma escola da ONU no norte da Faixa de Gaza, segundo informações o porta-voz do Ministério da Saúde no território palestino, Ashraf Al Qedra, o que eleva para 31 o número de mortos desde a meia-noite.
Vários projéteis de artilharia atingiram a escola al Hussein, do campo de refugiados de Jabalya, onde, segundo Qedra, famílias inteiras tinham se refugiado depois que foram obrigadas a sair de suas casas pelos bombardeios israelenses das últimas três semanas.
As IDF não confirmaram o ataque contra a escola da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA, sigla em inglês), apesar de ter reconhecido que dezenas de alvos foram bombardeados em Gaza durante a madrugada. A Força Aérea e a artilharia israelense atacaram posições em toda a Faixa de Gaza, que ontem registrou o dia mais sangrento desde o início da operação Margem Protetora, com mais de 120 mortes.
Na madrugada de hoje, segundo Qedra, morreram outros 11 palestinos, entre eles três meninas, e mais de 20 ficaram feridos, além das vítimas no bombardeio contra a escola. Em um desses ataques, contra um edifício residencial na cidade de Khan Yunes, no sul do território palestino, morreram oito pessoas da mesma família.
“O número de mortos desde o começo da guerra israelense contra Gaza, em 8 de julho, já chegou a 1.262, e os feridos somam mais de 7 mil. Dois terços das vítimas são civis, entre eles mulheres e crianças”, disse o porta-voz.
O recrudescimento dos ataques israelenses coincide com as tentativas do Egito de conseguir um cessar-fogo na região após 23 dias de enfrentamentos armados. Uma delegação do Hamas e outra da Autoridade Nacional Palestina (ANP) devem se reunir entre hoje e amanhã com representantes do governo egípcio para começar os esforços de pacificação, enquanto o Executivo israelense se reunirá hoje para analisar a proposta.

Ataque a escolas

Este não foi o primeiro ataque a uma instalação da ONU, nem a uma escola da organização internacional, que serve com o refúgio para milhares de famílias que tiveram que deixar suas casas devido aos bombardeios israelenses em zonas residenciais da cidade de Gaza. No dia 24 de julho, outro ataque a uma escola das Nações Unidas deixou pelo menos 16 mortos.
Israel confirmou no dia 27 de julho que havia jogado ao menos um morteiro no local, mas negou que este tenha sido o motivo das mortes. Por causa desse ataque, a Palestina denunciou o governo israelense no Conselho de Segurança da ONU. Um dia antes ao ataque, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas havia condenado Israel e criado uma comissão para investigar a ofensiva contra a Faixa de Gaza.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/07/israel-bombardeia-mais-uma-escola-da-onu-e-mata-20-palestinos.html
Pitaco do blogueiro: Será que haviam integrantes do Hamas nas escolas da ONU? Como pode alguém ainda ter a coragem de defender esse massacre israelense?

quinta-feira, 24 de julho de 2014

IDH: Noruega segue liderando e Brasil avança muito nos últimos 30 anos

O Brasil avançou uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2013 em comparação com o anterior e passou do 80º lugar para o 79º no ranking das nações mais e menos desenvolvidas, que reúne 187 países.



Os dados constam do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2013, divulgado nesta quinta-feira (24) pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O IDH é um índice medido anualmente pela ONU com base em indicadores de renda, saúde e educação. O índice varia em uma escala de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais elevado é o IDH. O ranking divide os países em quatro categorias: os de índice de desenvolvimento "muito elevado", "elevado", "médio" e "baixo".


As Nações Unidas fizeram alterações no método de cálculo, o que modificou o índice do Brasil no IDH de 2012. Com a atualização dos cálculos, o país passou, naquele ano, da 85º posição para a 80º (leia mais abaixo a explicação sobre a metodologia).

De acordo com a metodologia atual, o Brasil registrou, em 2013, IDH de 0,744, ante 0,742 em 2012, o que inclui o país entre os de desenvolvimento "elevado".

Nas últimas três décadas, o país registrou crescimento de 36,4% no IDH, segundo a ONU – passou de 0,545 (desenvolvimento "baixo") em 1980 para 0,744 em 2013 (desenvolvimento "elevado)".

Em comparação com 2012, a maioria dos países se manteve estável no ranking de desenvolvimento de 2013. Das 187 nações das quais a ONU coleta dados, 38 países subiram, 114 mantiveram suas posições e 35 caíram.

A primeira colocação no ranking mundial permanece com a Noruega (0,944), seguida por Austrália (0,933), Suíça (0,917) e Suécia (0,915). Os Estados Unidos, que antes eram o terceiro país mais desenvolvido, caiu para a quinta posição, com 0,914. Os três piores colocados são os africanos Níger (0,337), Congo (0,338) e República Central da África (0,341).

De acordo com o representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o argentino Jorge Chediek, o Brasil avançou muito nos últimos 30 anos, mas tem um “passivo histórico” de pobreza e desigualdade grande, o que dificulta um crescimento maior no ranking de desenvolvimento.

“O Brasil, em termos de desenvolvimento humano, mostra uma melhora consistente da condição de vida das pessoas nos últimos 30 anos. A nível global foi um dos países que mais melhorou nos últimos 30 anos”, avaliou.
Sueli Dumont, de Jaboatão dos Guararapes (PE), é beneficiária do Bolsa Família; programa federal foi elogiado no relatório do Pnud sobre IDH

Segundo Chediek, o relatório das Nações Unidas traz mais de 20 referências ao Brasil e elogios a programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

“Da nossa perspectiva o programa Bolsa Família é muito bem desenhado. Tem sido um grande sucesso e temos promovido a adoção dele em outros países. Esses programas de transferência de renda promovem a resiliência [capacidade de recuperação]. É um piso e nós defendemos piso de proteção social”, disse.

Clique no link abaixo e veja um infográfico com o IDH de todos os países do mundo:

http://noticias.uol.com.br/infograficos/2014/07/22/brasil-fica-em-79-no-ranking-mundial-de-idh-veja-resultado-de-todos-os-paises.htm

Fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/brasil-avanca-uma-posicao-e-e-79-no-ranking-do-desenvolvimento-humano.html
http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2014/07/24/idh-do-brasil-sobe-supera-media-latinoamericana-mas-ainda-e-2-entre-brics.htm

terça-feira, 22 de julho de 2014

O Brasil dos BRICS: um jogador global

Cenários geográficos do mundo
Chefes de Estado do BRICS e da Unasul durante encontro em Brasília. O bloco incomoda

Os BRICS – acrônimo criado no início dos anos 2000 pelo banco Goldman Sachs para referir-se às principais economias emergentes no mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e, mais recentemente adicionada ao grupo, África do Sul – realizaram sua sexta cúpula essa semana, dia 15 de julho, em Fortaleza. O encontro foi marcado pelo acordo assinado para a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, que tem sido discutido desde 2012.
O grupo, que até então representava convergências mais políticas e ideológicas do que propriamente econômicas, se mostrou pronto para atuar de maneira mais consistente na proposição de uma nova ordem mundial. Nesse sentido, o Banco terá um aporte de 50 bilhões de dólares para o financiamento de projetos de desenvolvimento, especialmente infraestrutura. E apesar de assemelhar-se aos moldes de estruturas como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, a proposta é justamente complementar essas instituições (ou, quem sabe, substituí-las), através de mecanismos mais equitativos entre os países credores e com exigências mais amenas aos países devedores. Além do Banco de Desenvolvimento, foi aprovado também um fundo de reservas de 100 bilhões de dólares para empréstimos, que poderá ser direcionado inclusive a países de fora dos BRICS.
Essas iniciativas partem da ideia de que o sistema financeiro internacional mudou, mas as instituições que o regulam não. Os moldes da atual economia mundial foram desenhados no pós-segunda guerra, quando os EUA destacavam-se como única potência industrial no mundo, e o sistema financeiro foi construído a partir desta realidade. Hoje Washington ainda detém o controle das principais instituições financeiras, mas já enfrenta acirrada competição econômica e financeira, principalmente frente à ascensão chinesa.
Assim, os países emergentes, sobretudo a China, buscam novos espaços para ampliar suas relações políticas e econômicas. É nesse contexto que se dá a aproximação dos BRICS aos países da Unasul – região produtora de alimentos e commodities, rica em petróleo e gás, e tradicionalmente crítica em relação à hegemonia de Estados Unidos e Europa. Nessa quinta-feira, após a cúpula dos BRICS se deu o encontro entre os presidentes sul-americanos e os líderes dos países dos BRICS. O Brasil, como liderança regional e membro dos BRICS, ao mesmo tempo em que se propõe a intermediar essa aproximação, se vê divido entre sua atuação global e sua atuação regional.
Apesar de ver na integração regional uma possibilidade de ascensão no nível global, o Brasil busca a maior preponderância internacional a despeito de suas relações com seus vizinhos. O perfil internacional brasileiro está em seu auge, com participação em todos os principais fóruns de países emergentes, BRICS, IBAS, grupo dos 20 da OMC (em que o Brasil foi o principal articulador) e G20 financeiro, mas ainda enfrenta dificuldade em conquistar seguidores regionais quando se trata de questões globais. Argentina, Colômbia e México, por exemplo, recusam amparar a candidatura brasileira por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Assim, dessa estratégia dúbia entre região e mundo, surgem algumas contradições com as quais a diplomacia brasileira terá de lidar nos próximos anos. Se o Brasil não investir nas relações regionais, os países sul-americanos encontrarão alianças externas, potencialmente prejudiciais a economia e política externa brasileiras. O contraste entre uma diplomacia brilhante e capacidades limitadas – com estrutura de exportação baseada em commodities, subdesenvolvimento, pouca infraestrutura – reforçam o contraste entre pouco investimento na região e ambições globais.
Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/o-brasil-dos-brics-um-jogador-global/

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Eleições 2014: Aécio Neves promete manter Bolsa-Família e Mais Médicos

Geografia Política e politizada

Aécio Neves diz não ter "o menor constrangimento" em manter os programas sociais do PT caso seja eleito presidente e rasgou elogios ao seu principal cabo eleitoral: "Nada tem me dado tanta alegria quanto a companhia do FHC, ele é um estadista"


Aécio Neves disse ainda que governo FHC foi de esquerda, enquanto a gestão Lula foi de direita 

Candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves afirmou nesta quarta-feira 16 não ter “o menor constrangimento” em manter os programas sociais implantados pelos PT. “Eu não tenho o menor constrangimento em mantê-los, quem tem dificuldade de reconhecer méritos é o PT”, disse Aécio. “OBolsa Família vai continuar, o que eu quero é tirá-lo da agenda eleitoral, transformá-lo em programa de Estado”, acrescentou. No Mais Médicos, porém, haverá alguma mudança, caso seja eleito. “Em vez de financiar o governo de Cuba, vamos remunerar melhor os médicos cubanos no Brasil”, afirmou.
Durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo portal Uol, com SBT e rádio Jovem Pan, Aécio respondeu sobre sua declaração, feita em um jantar com empresários, de que, se fosse necessário, promoveria “medidas impopulares” no País. “Não existem medidas impopulares, são medidas necessárias”, disse hoje o parlamentar. “Vou tomar as medidas necessárias a recolocar o Brasil no rumo do crescimento. As medidas impopulares estão sendo feitas por esse governo”, criticou
O presidenciável prosseguiu: “só quero deixar claro que eu não vou governar com os olhos nas curvas de popularidade. Estou disputando a presidência não para dar uma vitória para o meu partido, mas porque o País não merece mais o governo do PT”. Questionado se o candidato do PSB, Eduardo Campos, seria um “tiro no escuro”, diante do lema tucano de que o PSDB é uma “opção segura” para o País, Aécio evitou bater no adversário. “Sou amigo do Eduardo, sou amigo na campanha e serei amigo no futuro”.
Ao comparar os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com os do PT, Aécio Neves disse que esquerda e direita “são conceitos muito abstratos” atualmente e que, se fossem analisadas por seus projetos sociais, a gestão do tucano FHC deveria ser considerada de esquerda, enquanto as de Lula e da presidente Dilma Rousseff, de direita. Ao falar sobre seu principal cabo eleitoral, rasgou elogios: “Nada tem me dado tanta alegria quando a companhia de Fernando Henrique Cardoso. Ele é um estadista. Ele já está participando da campanha e isso pra mim é um combustível”.

Copa do Mundo

Aécio voltou a dizer que viu “uma tentativa desesperada do governo de tentar se apropriar a qualquer custo” do sucesso da Copa do Mundo. E criticou o comportamento da presidente Dilma após a eliminação da Seleção Brasileira do Mundial. Ele disse que, se fosse presidente, após o último jogo da equipe na competição – a disputa pelo terceiro lugar, contra a Holanda – teria convidado os jogadores para “um café”. Segundo Aécio, Dilma “tentou se descolar” da derrota da seleção. Questionado sobre a Futebras, o senador respondeu que defende, sim, uma lei de responsabilidade do esporte, mas não intervenção estatal.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/07/aecio-neves-promete-manter-bolsa-familia-e-mais-medicos.html

Pitaco do blogueiro: Por que o pessoal da esquerda tem orgulho de dizer que é esquerdista e o pessoal da direita tem uma dificuldade imensa de se assumir como direitista?

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Crônica de Leonardo Lemes sobre a Copa do Mundo 2014

A copa do mundo foi nossa, sim!
Por Leonardo Lemes


Bilhões de pessoas no mundo inteiro viram o nosso maior cartão postal, com as cores da campeã Alemanha. Será que não era melhor ter construído hospitais e escolas do que o Cristo Redentor?

Que a Copa do Mundo de 2014 foi histórica, todos sabem. Felizmente pude acompanhar a grande maioria dos jogos e o nível técnico apresentado foi sensacional. Inovações táticas, craques, seleções surpresas e estádios lotados em todos os jogos. Mas vou falar sobre futebol apenas até aqui, pois o que desejo externar é o meu sentimento com relação ao evento Copa do Mundo, que recebeu faz tempo o título de “maior espetáculo da Terra”.

Recordo-me bem quando foi disputada a Copa de 2010, na África do Sul. Pude acompanhar muitos jogos daquela copa, e os comentários que vinham do país mais austral do continente africano versavam sobre os atrasos nas obras e que os estádios virariam “elefantes brancos” pois eram enormes e o futebol não é um esporte popular por lá. Quando acabou a copa de 2010, sabíamos todos nós brasileiros que o próximo torneio seria aqui no Brasil. No entanto, faltavam apenas 4 anos, mas parecia tão longe.

O ano de 2013 chegou e em junho as ruas do Brasil foram tomadas por protestos. O estopim foi o aumento da passagem. Logo surgiram outras demandas como a corrupção e os gastos excessivos com a construção dos estádios para a Copa, que estava a um ano de ocorrer. O movimento #naovaitercopa surgiu com força. Na Copa das Confederações, ocorrida ainda em 2013 com a vitória do Brasil, os protestos foram contundentes e o temor começou a tomar conta da sociedade no que tange à segurança da população na época da copa em 2014.

Veículos de imprensa aqui do Brasil divulgavam atos de vandalismo e a imprensa internacional começou a temer pela realização da copa. Ao contrário de muitos, sempre fui otimista com relação à realização do mundial de futebol aqui no Brasil. É fácil falar agora após a imprensa internacional escolher a “Copa das Copas” como a maior de todos os tempos. É óbvio que fui muito criticado pelas pessoas ao meu redor. Diziam: “O Brasil tem que investir em escolas e hospitais” ou “Brasileiro é mal-educado, vai haver protestos, roubos, arrastões..” E alguns setores da imprensa? Diziam: “Risco de surto de dengue é alto” ou “Prepare-se para o caos nos aeroportos”. O pessimismo era quase geral.
O torcedor chorou pela seleção, mas deve comemorar fora de campo; a Copa foi um sucesso.

A copa chegou e eu, como brasileiro, torci muito pela nossa seleção. Óbvio que sofri com a humilhação da derrota para a Alemanha, mas a minha torcida não foi apenas pela seleção. Torci muito, mas muito mesmo, para que o Brasil organizasse uma brilhante Copa. Para provar para algumas pessoas, que sim, temos condições de sermos protagonistas no cenário internacional. Chega de ser coadjuvante. O Brasil é o país de todas as etnias e religiões, rico culturalmente e economicamente (7º economia do mundo) temos material humano e qualidade para organizar qualquer evento de grande porte.

A Copa foi muitíssimo bem organizada. A FIFA, a imprensa internacional, os jogadores e comissões técnicas elogiam a todo o momento a organização da Copa. Obras de estrutura viária ficaram como legado para a população. Fiquei muito feliz e até emocionado com a comprovação dessa capacidade – da qual nunca duvidei – que o brasileiro demonstrou. Repito em letras garrafais para quem ainda não percebeu: A COPA FOI UM ESTRONDOSO SUCESSO! E os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, também será um evento fantástico. Aliás, por falar nisso, cadê os protestos contra as Olimpíadas? Vão deixar para protestar na véspera quando não há nada mais para fazer, apenas pelo gosto de tentar estragar a festa? Uma festa que é nossa, de todo o povo brasileiro.


A seleção brasileira de futebol perdeu. O Brasil ganhou.

Sobre as vaias e xingamentos à presidente Dilma Rousseff, fato que considero único a ser lamentado, sou capaz até de aceitar a vaia, embora discorde peremptoriamente. Agora, xingamentos? É algo que chega a ser triste. Crianças estavam no estádio, crianças assistiam na TV e presenciaram essa demonstração explícita de falta de educação e civismo. Para os que não gostam da presidente Dilma, uma coisa tenho a dizer, a urna é o local para “vaiá-la”. Não sei vocês, mas educarei meu filho a respeitar as autoridades - ainda mais a autoridade máxima desse país - para que ele saiba viver em sociedade e ser um verdadeiro cidadão. Mesmo discordando, o respeito é fundamental.

Por Leonardo Lemes

Descoberta de mais 12 espiões aumenta tensão entre Alemanha e EUA

Geopolítica

Após expulsão de chefe do serviço secreto norte-americano em Berlim, jornal local diz haver novos agentes-duplos dentro de ministérios alemães

Cobrada internamente por explicações, Merkel acha difícil conseguir mudar prática dos Estados Unidos

Além do agente-duplo a serviço dos EUA atuando dentro das estruturas de poder alemãs, informações na imprensa local deste domingo (13/07) dão conta de que os Estados Unidos teriam mais 12 espiões em ministérios alemães. A notícia, baseada em informações dos serviços secretos norte-americanos, podem abrir um novo capítulo nas tensões entre Berlim e Washington.
Os focos de interesse dos serviços secretos dos Estados Unidos seriam os ministérios de Defesa, Interior, Economia e Cooperação Econômica.
As informações publicadas pelo jornal Bild am Sonntag acontecem em meio a um escândalo depois que um funcionário do Serviço Federal de Inteligência (BND) alemão foi detido na semana passada por contraespionagem para os EUA e que se conhecesse uma suspeita similar a respeito de um empregado do Ministério da Defesa.
Em meio às revelações sobre a espionagem em massa dos EUA na Alemanha, o governo alemão pediu publicamente ao contato dos serviços secretos na embaixada norte-americana em Berlim que deixasse o país.
Postura de Merkel
Dias antes, a chanceler alemã, Angela Merkel, já havia reconhecido que seria difícil conseguir que os EUA abandonem suas práticas de vigilância no país. No entanto, ela insistiu ser importante ressaltar as diferenças de postura com relação ao modo de trabalho dos dois serviços secretos.
“Acho que não é fácil convencer os EUA que mudem totalmente o trabalho de seus serviços secretos, se trata de uma postura geral. Por isso temos que deixar claro que temos posturas diferentes”, disse Merkel em entrevista à ZDF. Merkel disse que não pode prever qual será a conduta dos EUA com relação a isso, mas falou que naturalmente esperava que a ação fosse suspensa.
Na entrevista, Merkel deixou claro que as práticas de espionagem que foram detectadas não têm nada a ver com uma cooperação entre amigos. “Não pode haver confiança quando um tem que assumir que está sendo espionado. Queremos uma cooperação entre aliados e isso implica que não nos espionemos mutuamente”, disse.
Apesar suas críticas, Merkel disse que não vê razões para reduzir a cooperação da Alemanha com os serviços secretos alemães e se mostrou contra uspender as negociações para um tratado de livre-comércio entre a UE e EUA.
Saia justa com Kerry
Após reunião em Viena com chanceleres — que incluiu o alemão, Frank-Walter Steinmeier — sobre o programa nuclear iraniano, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, destacou hoje a importância estratégica das relações entre os dois países.
“Temos uma enorme cooperação política e somos grandes amigos”, disse Kerry, sem abordar diretamente as denúncias de espionagem. “Vamos continuar a trabalhar juntos, com o mesmo espírito que demonstramos hoje, em uma discussão muito profunda”, acrescentou.
Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/descoberta-de-mais-12-espioes-aumenta-tensao-entre-alemanha-e-eua/

sábado, 12 de julho de 2014

Terremoto de magnitude 6,8 atinge costa leste do Japão

Tremor foi registrado a 10 km de profundidade e a 121 km da costa.
Alerta de pequeno tsunami foi emitido, diz TV pública.


Um terremoto de magnitude 6,8 foi registrado perto da costa leste da ilha Honshu no Japão, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

O epicentro do tremor foi registrado neste sábado (12) às 4h22, pelo horário local (16h22 desta sexta, no horário de Brasília), a 129 km da cidade de Namie e a 10 km de profundidade.

Não houve relatos imediatos de anormalidades na estação nuclear de Fukushima, que está na região afetada, segundo divulgou a emissora pública japonesa NHK, de acordo com a Reuters. Em março de 2011, a usina sofreu um colapso logo após forte terremoto seguido de tsunami que devastou a costa nordeste do país.

Um aviso de um pequeno tsunami de até um metro foi emitido para a costa noroeste, segundo a NHK.

Um pequeno tsunami de 20 centímetros foi registrado em algumas localidades do noroeste do Japão, apesar de não haver relatos de estragos, segundo divulgou a Reuters.

Ordens de evacuação também foram feitas em diversas cidades do litoral.

De acordo com avaliação do Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico, não há risco de tsunami generalizado, baseado nos dados históricos e de tsunamis. No entanto, terremotos desta magnitude podem gerar tsunamis locais que podem ser destrutivos ao longo de costas a 100 km do epicentro e que, diante dessa possibilidade, as autoridades locais deveriam tomar as ações apropriadas.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/terremoto-de-maginitude-68-atinge-costa-leste-do-japao.html

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Chile e Bolívia: uma disputa por uma saída para o mar

Chile contesta jurisdição do Tribunal de Haia para julgar disputa com Bolívia


A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou decisão que já vinha preparando desde abril sobre a demanda marítima apresentada pela Bolívia na Corte Internacional de Justiça de Haia. O país irá apresentar formalmente, esta semana, os argumentos nos quais desconhece a competência da corte para julgar o caso.
O processo foi iniciado em abril de 2013, quando a Bolívia levou a Haia a causa, na qual pedia que a corte considerasse inválido o tratado de 1904. Naquele momento, se concretizou a conquista, pelo Chile, da província de Antofagasta — originalmente território boliviano. O Chile tinha um prazo até o dia 15 para protocolar um pedido de objeção ao tribunal. Outra alternativa seria aceitar a competência da corte e apresentar seus primeiros contra argumentos até fevereiro de 2015.
Com a decisão de Bachelet, anunciada em cadeia nacional de rádio e televisão, o Tribunal de Haia tem um prazo ainda não determinado de análise. Se forem julgados procedentes os argumentos da objeção, o processo pode ser encerrado. Caso a corte considere improcedente a alegação chilena, o país poderá ser novamente convocado a apresentar sua defesa, em novo prazo a ser estabelecido.
Esses dois possíveis cenários podem significar uma grande vitória ou revés para o Chile, segundo a professora Astrid Espaliat, especialista em direito internacional da Universidade do Chile. “Trata-se de uma aposta que mostra uma confiança grande, por parte do Chile, nos argumentos que defende e na vigência do tratado de 1904. Se impõe sua tese, o país poderia encerrar o processo e congelar qualquer tipo de negociação sobre isso por algumas décadas”, analisa a jurista.
Porém, o principal argumento da defesa chilena já está sendo usado para essa tentativa de impugnação. “A defesa seria obrigada a levantar uma nova tese, e a Bolívia alcançaria o reconhecimento prévio daquele que é seu argumento mais importante até agora”, comentou Espaliat, que participou do conselho assessor convocado pelo Ministério das Relações exteriores do Chile, para analisar o caso.
Além disso, a própria presidente Michelle Bachelet realizou uma consulta com os quatro ex-presidentes vivos do país — Patricio Alwyn, Eduardo Frei Ruiz-Tagle, Ricardo Lagos Escobar e Sebastián Piñera –, sobre o tema.
Também existe um terceiro cenário, caso a corte diga que só pode definir sua competência ou não no caso ouvindo os argumentos de ambas as partes envolvidas.Dessa forma, o Chile também precisará preparar sua defesa, mas numa situação menos adversa. “Os dois países teriam que voltar a apresentar todos os seus argumentos, com a diferença de que o objetivo seria definir a competência ou não do tribunal”, contou Espaliat. Nesse caso, segundo a advogada, a corte poderia decidir sobre sua competência para julgar o tema somente no final do processo, e anunciar a decisão junto com a sentença final.
Contexto histórico
A Guerra do Pacífico, entre 1879 e 1883, confrontou o Chile, o Peru e a Bolívia, e terminou com os chilenos tomando posse da província boliviana de Antofagasta, e das regiões peruanas de Tarapacá e Parinacota. No caso de Antofagasta, se tratava da única província boliviana com saída para o mar. Ao todo, o Chile conquistou cerca de 120 mil quilômetros quadrados de território, e mais de 400 quilômetros de litoral originalmente boliviano.
O tratado de 1904 foi o documento que oficializou a integração de Antofagasta ao mapa do Chile. A Bolívia alega que as autoridades que assinaram o documento não representavam o país – que ainda vivia as consequências da derrota na guerra. Desde 1978, a Bolívia mantém relações cortadas com o Chile, situação condicionada à disposição dos transandinos de negociar uma saída ao mar soberana com o país do altiplano.
Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/chile-contesta-jurisdicao-do-tribunal-de-haia-para-julgar-disputa-com-bolivia/

quinta-feira, 10 de julho de 2014

O enriquecimento dos presidenciáveis nos últimos 4 anos

Candidatos à presidência declaram patrimônio. Aécio Neves foi quem mais enriqueceu nos últimos quatro anos. Candidato tucano apresentou um aumento de 303% em seus bens, seguido de Dilma (64%) e Eduardo Campos (5%).


Aécio Neves ficou 303% mais rico em 4 anos. Candidato tucano justifica enriquecimento devido à herança recebida
Com o início das eleições no último domingo (6), os candidatos à presidência da República registraram as suas candidaturas e também os seus respectivos patrimônios. De acordo com os dados apresentados, Dilma Rousseff (PT) teve aumento patrimonial de 64% e Aécio Neves (PSDB) de 303%. Eduardo Campos (PSB) registrou um enriquecimento de 5%.
De 2010 à 2014, Aécio Neves ficou R$ 1.873.938,23 mais rico, quando se elegeu senador por Minas Gerais. À época declarou um patrimônio de R$617.938,42, neste ano ficou em R$ 2.491.876,65. De acordo com o PSDB, o aumento patrimonial de Neves se deu por conta de uma herança deixada pelo seu pai, Aécio Ferreira Cunha, falecido há quatro anos.
Dilma Rousseff, candidata à reeleição, ficou R$ 684.348,17 mais rica desde quando se tornou presidenta, em 2010. Há quatro anos o seu patrimônio declarado era de R$ 1.066.347,47, hoje esse valor é de R$ 1.750.695,64.
Já Eduardo Campos declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 546.799,50. Há quatro anos esse valor era de R$ 520.626,04.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/07/o-enriquecimento-dos-presidenciaveis-nos-ultimos-4-anos.html

Furacão Catarina: 10 anos depois

O vídeo mostra animação de imagens, capturadas por satélite, do Furacão Catarina, ocorrido em 2004, no litoral do RS e SC.
http://www.fisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=10471

Outro vídeo mostra a ocorrência do furacão Katrina, nos E.U.A. em 2005.
http://www.fisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=10464

Japão em alerta: é esperado novo terremoto de grande magnitude

Japão em alerta: é esperado novo terremoto de grande magnitude

Cidade de Ibaraki, no Japão, uma das atingidas pelo terremoto de 8,8 graus

A agência meteorológica japonesa advertiu hoje para o risco elevado de, até a próxima quarta-feira (16), ocorrer um novo terremoto no país de magnitude de 7 graus ou mais na escala Richter. “Existe um risco de 70% de ser registada uma réplica [do sismo de sexta-feira] de magnitude 7 ou mais” nos próximos três dias, disse o diretor da previsão sísmica da agência, Takashi Yokota, citado pelos jornais locais. Depois de 16 de março, a probabilidade vai descendo gradualmente, passando para 50% entre 16 e 18 de março.
As réplicas, com magnitudes entre 2 e 6 graus, têm sido incessantes desde sexta-feira, data do primeiro sismo registado ao largo da costa nordeste japonesa, que atingiu 8,9 graus na escala Richter, segundo o Instituto de Geofísica dos estados Unidos (USGS). A agência meteorológica japonesa, cujos instrumentos de medida tinham avaliado esta magnitude em 8,8 graus inicialmente, elevou hoje a intensidade do terremoto inicial para 9 graus.
Mesmo para o Japão, onde quase todos os anos há terramotos, incluindo de magnitude 7, este sismo é de uma amplitude sem precedentes, afirmam os especialistas. O arquipélago está localizado no Anel de Fogo do Pacífico, uma fileira de vulcões que coincide com o encontro de placas tectônicas.
Fonte: http://www.amambainoticias.com.br/mundo/japao-em-alerta-e-esperado-novo-terremoto-de-grande-magnitude

terça-feira, 8 de julho de 2014

Terremoto causa mortes no sul do México e na Guatemala

Tremor teve magnitude 6.9 e foi registrado na costa do Pacífico.
Pelo menos uma pessoa morreu no México e duas na Guatemala.


Pelo menos três pessoas morreram no México e na Guatemala nesta segunda-feira (7) vítimas do terremoto de magnitude 6.9 que atingiu o estado de Chiapas, sul do México, perto da fronteira com a Guatemala.
Um homem morreu em Huixtla, segundo o Serviço de Proteção Civil de Chiapas.
Raúl Hernández, porta-voz da corporação dos bombeiros na Guatemala, afirmou que sua unidade na região de San Marcos havia reportado danos em 30 casas e a morte de duas pessoas.
O Serviço Sismológico Nacional (SSN) ajustou a magnitude de 7.1 que havia sido anunciada inicialmente pelo Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS) e informou que o terremoto aconteceu às 5h24 no horário local (8h24 de Brasília), 47 km ao sul de Tapachula, perto da fronteira com a Guatemala, a uma profundidade de 92 km.
O coordenador nacional de Proteção Civil, Luis Felipe Puente, informou ao canal de televisão Milenio que Chiapas registrou leves danos em sua infraestrutura.
Na Cidade do México, a 1.082 km de Tapachula, o terremoto foi sentido em algumas partes, mas sem danos ou feridos.
Na Guatemala, o tremor foi sentido com força e deixaram um ferido na cidade de San Marcos (300 km ao oeste da capital).
O tremor também foi sentido em El Salvador e provocou alarme, mas não deixou vítimas ou danos, segundo o Observatório Ambiental Nacional.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/terremoto-causa-morte-no-sul-do-mexico.html