quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Vestibular UFRGS 2014 - Número de candidatos por vaga

UFRGS divulga número de candidatos por vaga no vestibular 2014

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Comissão Permanente de Seleção (Coperse ) divulgou, nesta quarta-feira, a relação de candidatos por vaga do vestibular 2014. Os cinco cursos mais concorridos são Medicina (57,06 por vaga), Psicologia — diurno (20,45), Psicologia — noturno (18,07), Fisioterapia (15) e Jornalismo (14,98) — os mesmos do concurso de 2013, alternando posições.
A lista segue com Publicidade e Propaganda (14,78), Arquitetura e Urbanismo (14,75), Medicina Veterinária (13,42), Biomedicina (12,92), Direito — noturno (12,11) e Relações Internacionais (12,02). A lista completa está disponível no site da UFRGS.
Todos os cursos têm procura superior a um candidato por vaga. Os de menor densidade são Artes Visuais (licenciatura) com 1,41, Música com 1,45, Física (licenciatura) — diurno com 1,54, Física Computacional com 1,75 e Matemática (licenciatura) — noturno com 1,78. O concurso de 2014 tem 42.044 inscritos e oferecerá 5.461 vagas, em 89 cursos.
Aumento de candidatos cotistas
Em relação ao último concurso, houve um aumento de 37 vagas ofertadas, distribuídas entre os cursos de Engenharia Química (20), Engenharia Ambiental (cinco) e Engenharia de Produção (12).
Nas categorias de cotistas com renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio (categorias Ra e Rb), houve um aumento de 66% nas inscrições. Em 2014, são 8.296 inscritos, contra 4.989 em 2013. Na modalidade Ra (com renda familiar bruta mensal igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita), 6.588 candidatos concorrem às 446 vagas reservadas. Na Rb (com renda familiar bruta mensal igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita, autodeclarado negro, pardo ou indígena), são 1.708 concorrentes às 446 vagas. Os estudantes cotistas podem ser aprovados pelo acesso universal, dependendo de sua pontuação.
As outras categorias, de maior renda, têm um total de 9.897 inscritos, sendo 8.291 candidatos para as 399 vagas da categoria Rc (com renda familiar bruta mensal superior a um salário mínimo e meio per capita) e 1.606 concorrentes às 399 vagas da modalidade Rd (com renda familiar bruta mensal superior a um salário mínimo e meio per capita, autodeclarado negro, pardo ou indígena).
A UFRGS mantém a mesma reserva de vagas da política de Ações Afirmativas para 2014, com 30% das vagas de cada curso para cotas. Pelas ações afirmativas, concorrem 18.193 candidatos nas quatro modalidades (Ra, Rb, Rc e Rd). No total, são oferecidas 1.690 vagas para cotistas.
Procura em números absolutos
Sete cursos tiveram mais de 1 mil inscritos: Arquitetura e Urbanismo (1.623), Direito — diurno (1.695), Direito — noturno (1.843), Engenharia Civil (1.704), Engenharia Mecânica (1.031), Medicina (7.988), Medicina Veterinária (1.288).

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Médico brasileiro que atacava cubanos é preso por só bater ponto

Dr. Jetson Luís Franceschi chegava às 7h, estacionava seu BMW junto de uma Unidade Básica de Saúde, batia o ponto e saía para atender em sua clínica particular; no Facebook, atacava o programa do governo que leva médicos a regiões carentes do Brasil, alegando que "não faltam médicos, falta governo!"


Uma notícia lamentável. Um médico, que deveria trabalhar três horas por dia numa Unidade Básica de Saúde (UBA) do Paraná, não cumpria seu horário para atender seus clientes particulares. Enquanto isso, fazia duras críticas ao programa Mais Médicos, do governo, afirmando que há “incompetência do PT” e que “falta governo”, e não médicos no País. 
É triste ter de voltar a isso.
Mais uma denúncia, desta vez resultando em prisão em flagrante sobre um médico que só comparecia ao posto público de saúde onde “trabalhava” apenas para bater o ponto.
O Dr. Jetson Luís Franceschi chegava às sete da manhã, estacionava seu BMW, junto da Unidade Básica de Saúde do Bairro Faculdade, em Cascavel (PR), batia o ponto e saía para atender em sua clínica particular. Perto de dez da amanhã, voltava ao posto, passava algum tempo e saía.
Não fez isso eventualmente, para atender algum compromisso, uma emergência, como poderia acontecer e seria até compreensível.
Era sistemático, diário.
O mês inteiro.
Nela, quase todos os dias, posta fotos e textos atacando o “Mais Médicos”, o governo e a qualidade dos médicos estrangeiros, em especial os cubanos.
O Dr. Jetson pode ser um bom médico e tem o direito, querendo, de ser médico apenas em consultório particular.
Mas não tem o direito de ocupar “ausente” um lugar que precisa ser ocupado por alguém que possa estar presente para atender mulheres – e gestantes, ainda por cima.
E muito menos de criticar e agredir quem está disposto a fazê-lo.
Menos ainda de, com um caso destes, ajudar a formar na população um conceito sobre os médicos que eles – inclusive a maioria dos que são contra o Mais Médicos – não merecem.
O problema da saúde brasileira não é o de médicos “picaretas”. Muito do que dizem os adversários do Mais Médicos sobre precariedades na rede de Saúde é verdade e é um déficit histórico que vai custar a ser resolvido.
E um bons caminhos é que haja médicos nas Unidades Básicas de Saúde como aquela em que o Dr. Jetson deixava abandonada.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Achado fóssil de cigarras que morreram copulando 165 milhões de anos atrás

Descoberta de chineses lança luz sobre a evolução do comportamento de acasalamento de insetos


Cientistas chineses descobriram o fóssil mais antigo conhecido de um casal de insetos pegos em plena cópula, revelou um estudo publicado esta quarta-feira.
O fóssil com o macho e a fêmea de cigarrinhas-da-espuma (Philaenus spumarius), deitados um de frente para o outro, foi escavado no nordeste da China. Acredita-se que a peça tenha 165 milhões de anos, destacou a pesquisa publicada no periódico PLOS ONE.
– Ao acasalar, o órgão reprodutivo do macho é inserido dentro da fêmea – destacou o estudo chefiado por cientistas do Laboratório chave de Evolução dos Insetos e Mudanças Ambientais da Universidade Capital Normal em Pequim.
O fóssil raro revela "o registro mais antigo até agora de insetos copulando" e "lança luz sobre a evolução do comportamento de acasalamento no grupo dos insetos", acrescentou.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

ìndia na corrida espacial

Índia lança primeira missão espacial para Marte


Por R$ 163 milhões, operação pode colocar país no seleto grupo de nações que exploraram planeta vermelho

Foguete é lançado da ilha de Sriharikota, leste da Índia

A Índia lançou nesta terça-feira (5) sua primeira nave espacial para Marte, em um teste para a tecnologia de baixo custo do país asiático que pode ajudá-lo a ingressar num clube seleto de nações que conseguiram explorar o planeta vermelho.
A Missão Orbitadora Marte, que tem custo de US$ 73 milhões (R$ 163,8 milhões), decolou da costa sudeste indiana na tarde desta terça (horário local). Se a missão for bem-sucedida, o satélite vai levar cerca de 300 dias para chegar a Marte e vai buscar metano na atmosfera marciana.
Centenas de pessoas assistiram ao lançamento do foguete da ilha de Shiharikota. Outros milhões viram o foguete atravessar o céu ao vivo por transmissões de TV fornecidas pela Organização de Pesquisa Espacial Indiana.
"Esse é o nosso início modesto para nossa missão interplanetária", disse Deviprasad Karnik, porta-voz da Organização Indiana de Pesquisa Espacial.
Apenas EUA, Europa e União Soviética (1945-1990) conseguiram até agora enviar sondas que orbitaram ou pousaram em Marte.
Alguns questionaram o alto custo da operação em um país onde 1,2 bilhão de pessoas ainda lida com fome e pobreza. Mas o governo defendeu a missão Marte, e seu programa espacial de US$ 1 bilhão, afirmando que é importante fornecer empregos de ponta a cientistas e engenheiros para que os problemas terrenos sejam resolvidos.
Décadas de pesquisa espacial permitiram que a Índia desenvolvesse satélites, comunicações e tecnilogias que ajudam a resolver os problemas diários domésticos, desde a localização de cardumes para a pesca até a previsão de tempestades e inundações.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Fantástico e o racismo na Globo

Quadro do programa Fantástico exibiu episódio cujo tema é muito caro para a história da população negra no Brasil


A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil“, deveras sentenciou Joaquim Nabuco. Mas na versão global, ironicamente “inteligente”, ele diz: “O Brasil já é um país mestiço! E não vamos tolerar preconceito!”.
Nas últimas semanas escrevi dois textos sobre a relação entre meios de comunicação, publicidade e humor e a prática de racismo, o primeiro provocado por uma peça publicitária de divulgação do vestibular da PUC-PR e o segundo por conta de um programa de humor que ridicularizava as religiões de matriz africana. Hoje, graças a Rede Globo de televisão, retorno ao tema.
Neste domingo 3 de novembro o programa Fantástico, em seu quadro humorístico “O Baú do Baú do Fantástico”, exibiu um episódio cujo tema é muito caro para a história da população negra no Brasil.
Passado mais da metade do programa, eis que de repente surge a simpática Renata Vasconcellos. Sorriso estonteante ainda embriagado pela repentina promoção: “Vamos voltar no tempo agora, mas voltar muito: 13 de maio de 1888, no dia em que a Princesa Isabel aboliu a escravidão. Adivinha quem tava lá? Ele, o repórter da história, Bruno Mazzeo!”
O quadro, assinado por Bruno Mazzeo, Elisa Palatnik e Rosana Ferrão, faz uma sátira do momento histórico da abolição da escravidão no Brasil. Na “brincadeira” o repórter entrevista Joaquim Nabuco, importante abolicionista, apresentado como líder do movimento “NMS – Negros, mulatos e simpatizantes”!
Princesa Isabel também entrevistada, diz que os ex-escravos serão amparados pelo governo com programas como o “Bolsa Família Afrodescendente”, o “Bolsa Escola – o Senzalão da Educação” e com Palhoças Populares do programa “Minha Palhoça, minha vida”!
“Mas por enquanto a hora é de comemorar! Por isso eles (os ex-escravos) fazem festa e prometem dançar e cantar a noite inteira…” registra o repórter, quando o microfone é tomado por um homem negro que, festejando, passa a gritar: “É carnaval! É carnaval!”

O contexto

Não acredito que qualquer conteúdo seja veiculado por um dos maiores conglomerados de comunicação do mundo apenas por um acaso ou sem alguma intencionalidade para além da nobre missão de “informar” os milhões de telespectadores, ora com seus corpos e cérebros entregues aos prazeres educativos da TV brasileira em suas últimas horas de descanso antes da segunda feira – “dia de branco”.
E me perguntei: Por que – cargas d’água, a Rede Globo exibiria um conteúdo tão politicamente questionável? O que teria a ganhar com isso? Sequer estamos em maio! Que “gancho” ou motivação conjuntural haveria para justificar esse conteúdo?
Bom, estamos em novembro. Este é o mês reconhecido oficialmente como de celebração da Consciência Negra. É o mês em que a população a f r o d e s c e n d e n t e rememora, no dia 20, Zumbi dos Palmares, líder do mais famoso quilombo e personagem que figura no Livro de Aço como um dos Heróis Nacionais, no Panteão da Pátria. Relevante não?
Estamos também na véspera da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que começa nesta terça, dia 5 e segue até dia 7 de Novembro, em Brasília, momento ímpar de reflexão e debates sobre os rumos das ações governamentais relacionadas a busca de uma igualdade entre brancos e negros que jamais existiu no Brasil. Isso somado à conjuntura de denúncia de violência e assassinatos que tem como principais vítimas os jovens negros, essa Conferência se torna ainda mais importante.
Voltando ao Fantástico, evidente que há quem leia as cenas apenas como um mero quadro humorístico e como exagero de “nossa” parte. Mas daí surge novas perguntas:
Um regime de escravidão que durou 388 anos; Que custou o sequestro e o assassinato de aproximadamente 7 milhões de seres humanos africanos e outros tantos milhões de seus descendentes; e que fora amplamente denunciado como um dos maiores crimes de lesa-humanidade já vistos, deve/pode ser motivo de piadas?
Quantas cenas de “humor inteligente” relacionado ao holocausto; Ou às vítimas de Hiroshima e Nagasaki; Ou às vítimas do Word Trade Center ou – para ficar no Brasil – às vítimas do incêndio na Boate Kiss, assistiremos em nossas noites de domingo?
Ah, mas ex-escravizados festejando em carnaval a “liberdade” concebida pela áurea princesa boazinha, isso pode! E ainda com status de humor crítico e inteligente.
Minha professora Conceição Oliveira diria: “Racismo meu filho. Racismo!”.

A democratização dos meios de comunicação como forma de combate ao racismo

Uma das tarefas fundamentais dos meios de comunicação dirigidos pelas oligarquias e elites brasileiras tem sido a propagação direta e indireta – muitas vezes subliminar, do racismo. É preciso perceber o que está por trás da permanente degradação da imagem da população negra nesses espaços. Há um pensamento racista que é, ao mesmo tempo, reformulado, naturalizado e divulgado para a coletividade.
A arte em forma de publicidade, teledramaturgia, cinema e programas humorísticos são poderosos instrumentos de formação da mentalidade. O que vemos no Brasil, infelizmente, é esse poder a serviço do fomento a valores racistas e preconceituosos que, por sua vez, gera muita violência. A democratização dos meios de comunicação é fundamental para combater essa realidade. No mais, deixo duas perguntas ao governo federal e ao congresso nacional, dos quais devemos cobrar:
O uso de concessão pública para fins de depreciação, desvalorização da população negra e da prática do racismo, machismo, sexismo, homofobia e todos os tipos de discriminação e violência não são suficientes para colocar em risco a concessão destes veículos?
Por que Venezuela, Bolívia e Argentina, vizinhos latino-americanos, avançam no sentido de diminuir a concentração de poder de certos grupos de comunicação e no Brasil os privilégios para este setor só aumentam?
Tantas perguntas…

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

União Europeia completa 20 anos

Imersa em crise sem precedentes, União Europeia completa 20 anos de existência


Nesta sexta-feira (1°), a União Europeia completou 20 anos de existência imersa na maior crise de sua história. Passadas duas décadas, o processo de união monetária do bloco está sendo questionado, principalmente após os desdobramentos da turbulência econômica de 2008.
Segundo Thiago Rodrigues, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense, o momento atual do bloco é não só de crise financeira, mas, também, de tensão política. Para ele, os dois pilares que mantêm a coesão da União Europeia, as políticas financeiras e de defesa, estão fragilizados, uma vez que os principais atores do bloco divergem em termos que vão desde o apoio à Aliança Atlântica, em parceria com os Estados Unidos, até o suporte à invasão norte-americana no Iraque ou na Síria.
“As diferentes políticas de defesa e de relações exteriores dos Estados membros acendem um alerta para os otimistas que acreditavam na crescente harmonização do bloco”, afirma o especialista, ressaltando as decisões individuais de cada país, em detrimento das resoluções conjuntas.
Rodrigues aponta para o fato de a crise atual fazer florescer algumas práticas, como o racismo latente e os discursos protecionistas. “Há uma securitização extrema de temas como o da imigração, e políticas xenófobas que já existiam vem ganhando espaço justamente por unirem as diferentes nacionalidades do bloco no temor ao estrangeiro, ao extracomunitário”, relata o professor.
Ele também ressalta a existência de uma divisão interna à própria unidade. Romenos e búlgaros, por exemplo, são tratados como “sub cidadãos” dentro da comunidade da qual seus países de origem são membros legítimos, sofrendo preconceito e se submetendo a péssimas condições trabalhistas.
Desde 2008, a taxa de desemprego da União Europeia disparou, atingindo a marca de 10,6% em setembro de 2013. Na Grécia, um dos países mais afetados com o colapso financeiro, o contingente de desempregados chega a ultrapassar 25%, de acordo com o Eurostat.
O país é palco de diversos levantes sociais, nos quais os jovens questionam as políticas de austeridade impostas pela Alemanha, no comando da União, e aceitas passivamente pelo governo grego.
“Os levantes gregos explicitam a fissura existente no bloco, pois estes jovens estão questionando não apenas as políticas de austeridade, mas o próprio modo de organização da grande união liberal-capitalista”, afirma Rodrigues.
Bloco
O bloco foi constituído em 1º de novembro de 1993, a partir da CEE (Comunidade Econômica Europeia), criada após a Segunda Guerra Mundial, e é constituído atualmente por 28 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Romênia e Suécia, sendo que somente 17 deles adotam o euro como moeda.
O livre-comércio é adotado desde 1968 entre os países da CEE. No entanto, somente após a assinatura e a vigência do Tratado de Maastricht o grupo passou a se chamar “União Europeia”. O Tratado estabelece normas relativas à política externa, à segurança e à cooperação em assuntos internos ao grupo, além de fornecer diretrizes para a moeda única.

As dez revoluções do Brasil contemporâneo

As dez revoluções do Brasil contemporâneo

Por Juremir Machado da Silva

Dez é um número cabalístico.
Nada como fazer listas de dez.
Aqui vai a lista das dez melhores coisas feitas, ampliadas, desenvolvidas, consolidadas ou disseminadas no Brasil do século XXI ou desde o final do século XX. Qualquer pessoa objetiva, sem rancor ideológico nem viés partidário, pode admitir isso. Só os muito reacionários e os roídos pelo ódio, motivado pela perda de privilégios ou pelo desejo de conservação de uma ordem injusta, não enxergam esse óbvio petulante, que chicoteia os empedernidos e enfurece os lacerdinhas. Todos esses avanços comportam falhas, limites, erros e brechas. Nada disso os invalida ou anula os efeitos extraordinários que produzem. Só quem anda  vendado pela ideologia não enxerga os vastos benefícios do que indicarei. Alguns rejeitam esses progressos por serem toupeiras ideológicas. Outros, por falta de inteligência. Outros, ainda, por uma espécie de perversidade. Querem sentir-se diferentes, acima, superiores, apostando tudo na lei do mais forte. É uma concepção simplista de vida, uma asneira disseminada como liberdade e brandida como verdade.
Eis a lista das grandes conquistas suprapartidárias dos últimos 13 anos:
1) Bolsa-Família (nada tem sido mais importante para o Brasil)
2) Cotas para não brancos nas universidades (nada tem sido mais eficaz para quebrar a hegemonia das elites brancas no ensino superior)
3) ProUni
4) Enem
5) Ciência sem Fronteiras
6) Transmissão ao vivo de sessões do STF
7) Fixação de um piso nacional para o magistério
8) Lei de Responsabilidade Fiscal (ano 2000)
9) Desconcentração, ainda tímida, de renda
10) Combate, ainda deficiente, à corrupção