sexta-feira, 18 de abril de 2014

Susto: Terremoto no México

Terremoto de 7,2 graus abala o México e causa pânico entre turistas em Acapulco

Um intenso terremoto de 7,2 graus sacudiu nesta sexta-feira (18/04) a Cidade do México e a turística Acapulco, provocando cenas de pânico e leves danos materiais, sem vítimas.
O Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS) calculou a magnitude do tremor em 7,2 graus, enquanto o Serviço Sismológico Nacional do México (SSN) estimou em 7 graus na escala de magnitude de momento.
Segundo o USGS, o tremor aconteceu às 9h27min locais (11h27min de Brasília) 36 quilômetros ao noroeste de Tecpan, um município situado sobre a costa do Pacífico, a uma profundidade de 24 km.
O coordenador nacional de Proteção Civil, Luis Felipe Puente, informou no Twitter sobre variações no mar de no máximo 40 centímetros, sem um alerta de tsunami.
O tremor foi sentido com força na região central do México, incluindo a superpovoada capital, e em regiões do leste, como Veracruz, e do sul, como Guerrero, Oaxaca e Chiapas.
Na capital mexicana, situada 490 km ao norte de Tecpan (62.000 habitantes), o prefeito Miguel Ángel Mancera informou sobre retiradas preventivas de edifícios. No bairro central de Roma da capital foram registrados cortes de energia elétrica e janelas quebraram em alguns prédios.
Em Acapulco, a 105 km de Tecpan, o terremoto provocou momentos de pânico e a saída de turistas dos hotéis.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/mundo/noticia/2014/04/terremoto-de-7-2-graus-abala-o-mexico-e-causa-panico-entre-turistas-em-acapulco-4478387.html

quinta-feira, 17 de abril de 2014

terça-feira, 15 de abril de 2014

Opinião sobre a crise na Ucrânia

Acredite: o único lúcido nessa história da Ucrania é o Putin


Por Nirlando Beirão
Toda vez que alguém fala ou escreve sobre Vladimir Putin, o presidente da Federação Russa, vem o adendo obrigatório: "ex-tenente-coronel da temível KGB".
É verdade: o cara foi um graduado espião no ocaso do regime soviético.
Na presente crise da Ucrânia, tentam contaminar Putin com as máculas do passado dele. Um incendiário autocrata. Frio e calculista. Obstinado candidato a czar. Alucinado pelo sonho imperial da Grande Rússia.
Mas, por ora, se tem alguém agindo com prudência (os desafetos irão dizer: frieza) é o malfalado Putin.
Interessa a ele evitar que o novo governo ucraniano, resultado de um golpe, parta para cima das minorias de fala russa no leste do país (em Donetsk, em Kharkiv, em Luhansk). Os ucranianos-russos do leste estão entrincheirados em prédios públicos e o governo central tem dado sucessivos ultimatos para que eles se dispensem.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro tampão Arseni Yatseniuk vestiu pele de cordeiro e foi até Donetsk, todo paz e amor, para dizer que "a saída é política" – não militar.
No dia seguinte, de volta a Kiev, recebia por baixo do pano a visita do americano John Brennan.
Brennan não é espião. Ele é o chefe dos espiões. Diretor do CIA. O porta-voz da Casa Branca – tremendo cara-de-pau – disse que é "um absurdo" relacionar a visitinha do espião-chefe à situação de instabilidade na Ucrânia.
Não, Brennan deve ter ido fazer aquela deliciosa degustação de batatas com creme de leite – requinte da gastronomia local.
Não tem mocinho nessa triste história da Ucrânia. O governo que depôs o presidente eleito Viktor Yanukovitch – ele também um bandidaço – é uma mistura de neofascistas e de liberais sustentados pelos oligarcas da energia e da mineração.
A própria Yulia Tymosheko, tratada como vítima de cruéis autocratas ligados à Rússia, tem um currículo bastante duvidoso do ponto de vista da ética. Corrupcão, tráfico de influências são vocação dela.
A Europa e os Estados Unidos estão brincando com fogo na Ucrânia. Inclusive apoiando militarmente um ataque aos sublevados do leste. É de uma irresponsabilidade completa.
A Putin não interessa o confronto – ao contrário do que se diz. É para a Europa que vão as vitais exportações do gás russo. O confronto produziria um terrível baque econômico na Rússia. E, também do ponto de vista político, uma guerra civil na Ucrânia seria um duro desafio para Putin.
Deixar os ucranianos-russos à própria sorte? Ou se envolver num conflito que traria contra ele a execração de toda – ou quase toda – comunidade internacional?
Fonte: http://noticias.r7.com/blogs/nirlando-beirao/2014/04/14/acredite-o-unico-lucido-nessa-historia-da-ucrania-e-o-putin/

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Chile, Cuba e Argentina possuem as menores taxas de homicídios da América Latina

ONU: Cuba, Chile e Argentina têm menores taxas de homicídio da América Latina. Estudo também mostra que 79% dos assassinados são homens, mas mulheres são dois terços das vítimas de violência doméstica

Geografia da América Latina

Chile, Cuba e Argentina são os países com taxas de homicídio mais baixas da América Latina, segundo o Estudo Global sobre Homicídios 2013, realizado pelo UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime) e divulgado nesta quinta-feira (10/04).
Santiago, Chile
O documento mostra que, em 2012, o Chile teve uma taxa de homicídios de 3,1 por 100 mil habitantes, seguido por Cuba, com 4,2. A Argentina, enquanto isso, teve uma taxa de 5,5 homicídios por 100 mil pessoas, mas o informe esclarece que os dados são de 2010. O Brasil, enquanto isso, apresentou uma taxa de 25,2.
O Uruguai, com números de 2011, também tem taxas baixas comparadas ao resto da América Latina, especialmente Honduras, Venezuela e Belize: são 7,9 homicídios a cada 100 mil habitantes. “As taxas na Argentina, no Chile e no Uruguai são estáveis e baixas, o que lhes dá perfis de homicídio mais parecidos com os da Europa”, diz o estudo.
Quase meio milhão de pessoas (437 mil) foram assassinadas em 2012, segundo o UNODC. Mais de um terço dos homicídios ocorreu no continente americano (36%), 31% na África e 28% na Ásia. A Europa e a Oceania, por sua vez, apresentaram taxas drasticamente menores (5% e 0,3%, respectivamente).
Somando a alta taxa de homicídios na América à descoberta de que 43% de todas as vítimas de assassinato têm idades entre 15 e 29 anos, o estudo concluiu que uma em cada sete vítimas no mundo todo é um rapaz jovem, entre os 15 e os 29 anos, vivendo em alguma parte da América.

Gênero

O estudo mostra que 79% das vítimas de homicídios no mundo são homens. Por outro lado, eles também representam 95% dos perpetradores do crime, uma taxa que é consistente em diversos países e regiões, independentemente do tipo de homicídio ou da arma utilizada.
Enquanto o cerne dos assassinatos está relacionado essencialmente aos homens, o relatório também mostra que, no contexto da família e dos relacionamentos íntimos, as mulheres correm um risco bem maior: dois terços (43600 em 2012) das vítimas de violência doméstica são do sexo feminino.
Quase 47% das mulheres assassinadas em 2012 foram mortas por familiares ou parceiros em todo o mundo, enquanto o mesmo ocorreu com menos de 6% dos homens. Quando observados apenas os números da violência por parceiro, a esmagadora maioria das vítimas de homicídios são mulheres (79% na Europa).
“Assim, enquanto uma grande parcela das mulheres vítimas de homicídio são assassinadas por pessoas que deveriam se importar com elas e protegê-las, a maioria dos homens são mortos por pessoas que podem nem conhecer”, relata o documento.

Causas

A disponibilidade de armas e o uso de álcool e/ou drogas ilícitas são fatores externos que influenciam amplamente na realização ou não de um homicídio, segundo o estudo. As armas, por exemplo, não estão em todos os assassinatos, mas têm papel importante nos números: com alta taxa de letalidade, as mais usadas são as armas de fogo (quatro entre dez casos). Enquanto isso, “outros meios”, como a força física, matam apenas pouco mais de um terço das vítimas e os objetos cortantes, um quarto.
O consumo de álcool e drogas também aumenta a chance de que um homicídio seja cometido. Na Suécia e na Finlândia, mais da metade dos homicidas consome álcool antes de cometer o crime e, na Austrália, quase metade dos assassinatos está relacionado a bebidas alcóolicas, tendo sido consumidas pelo assassino, pela vítima ou por ambos.
As drogas ilícitas, por sua vez, influenciam em dois tipos de homicídio: aquele em que há consumo dessas substâncias e aquele gerado pelo tráfico, muitas vezes envolvendo cartéis rivais.

Condenação

O estudo mostra que, na maior parte dos países, as autoridades reagem prontamente a uma denúncia de homicídio. Entretanto, a taxa de condenação para cada 100 homicídios dolosos é de apenas 43.
Os números são bastante díspares entre as regiões, no entanto. Enquanto na Europa a taxa de condenação chega a 81%, na Ásia o número não chega à metade dos casos (48%) e é ainda mais baixo nas Américas (24%). Segundo o relatório, não havia dados suficientes para Oceania e África, que não foram incluídas nessa parte da pesquisa.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/04/chile-cuba-e-argentina-tem-menores-taxas-de-homicidio-da-america-latina.html

terça-feira, 8 de abril de 2014

Marco Feliciano admite ter usado drogas

Marco Feliciano revela que já usou cocaína na adolescência. Deputado também comentou relações homossexuais entre homens

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) voltou a causar polêmica após ter concedido uma entrevista para a revista ‘Playboy’. Ele, que também é pastor evangélico, afirmou já ter experimentado cocaína e acreditar que um homem possa sentir prazer com sexo anal.
“Com certeza [homens podem sentir prazer com sexo anal], tem muitos homens que têm tara por ânus, sim”, disse. “Eu não entendo muito dessa área porque nunca fiz, graças a Deus. E espero nunca fazer, porque parece que quem faz não volta mais”, completou, rindo.
Ainda durante a entrevista, o deputado chegou a revelar que teve uma experiência com drogas na adolescência. “Conheci a cocaína nos bailinhos, no fim dos 12 anos”, disse.
Ele ainda afirma que nunca conseguiu experimentar cigarros e maconha. “Só a cocaína. Eu tentei a maconha, mas engasguei, nunca consegui fumar nem cigarro. Não conseguia tragar. Com a cocaína era fácil”, explicou.
Fonte:http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/04/marco-feliciano-admite-ter-usado-droga.html

quarta-feira, 2 de abril de 2014

21 fotos mostrando curiosidades em fronteiras de alguns países

21 Fotos curiosas mostrando como é a fronteira entre alguns países

1 – Argentina, Paraguai e Brasil – A Tríplice Fronteira, local ponto de encontro entre os rios Iguaçu e Paraná.

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2 – Noruega e Suécia – Árvores foram retiradas, formando um longo caminho que divide os países.

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3 – Reino Unido e Espanha

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4 - Haiti e República Dominicana – Com leis limitadas contra o desmatamento, percebe-se a clara diferença entre o Haiti (esquerda) e a República Dominicana (direita).

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5 - Estados Unidos e México – Divisão entre Nogales, Arizona (esquerda) e Nogales, Sonora (direita). A fronteira entre Estados Unidos e México é a mais atravessada do mundo.

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6 - Costa Rica e Panamá – A ponte sobre o rio Sixaola cruza a borda natural entre os dois países da América Central.

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7 - China e Nepal – O cume da montanha mais alta do planeta, o Monte Everest, marca a fronteira entre o Nepal e a China.

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8 – Argentina e Brasil - As Cataratas do Iguaçu marcam a fronteira entre o estado do Paraná e a província argentina de Misiones.

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9 - Polônia e Ucrânia – Esta parte da fronteira entre os dois países é decorada todos os anos para um festival de arte local.

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10 - Argentina e Chile – Essa estátua de Jesus Cristo localizada no alto dos Andes define a divisão entre as duas nações sul-americanas.

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11 - Afeganistão e Paquistão – Soldado americano vigiando o Torkham Gate, que divide o Afeganistão do Paquistão.

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12 - Estados Unidos e Canadá – Essa é a mais extensa fronteira internacional do mundo, com cerca de 8851 km.

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Em outro ponto:
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13 - Egito e Israel – foto tirada pelo astronauta canadense, Chris Hadfield, mostrando o Egito, à esquerda, e Israel, à direita.

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14 - Áustria, Hungria e Eslováquia – Uma curiosa mesa de piquenique marca o local onde as fronteiras dos três países se encontram.

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15 - Espanha e Marrocos – cercas para impedir a imigração ilegal para a Espanha marcam a divisa entre Ceuta e Melilha, duas cidades espanholas totalmente cercadas pelo Marrocos.

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16 - Coréia do Norte e Coréia do Sul

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17 - Brasil e Bolívia – A fronteira definida por um rio mostra a diferença do desmatamento na floresta tropical do Brasil (verde claro) e da Bolívia (verde escuro).

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18 – Hemisférios Norte e Sul – Não é uma fronteira nacional, mas este parque marca o ponto onde os dois hemisférios se encontram.

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19 - China e Índia

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20 - Bélgica, Países Baixos e Alemanha

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21 – Holanda e Bélgica – A fronteira da cidade de Baarle (dividida entre Holanda e Bélgica) é a fronteira mais confusa do mundo. Toda a cidade é cercada pela Holanda, mas possui 26 “pedaços de cidade” pertencentes à Bélgica. Por isso existem marcações de fronteira, como a da foto, em todos os lugares para esclarecer as coisas.

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Leia mais: http://www.tudointeressante.com.br/2014/03/21-fotos-curiosas-mostrando-como-e-a-fronteira-entre-alguns-paises.html#ixzz2xltHIthP


Contribuição de Taiza Martins

terça-feira, 1 de abril de 2014

Golpe militar no vestibular e ENEM

Como o cinquentenário do golpe pode virar pergunta nas provas da UFRGS e no Enem

Professores história, geografia, filosofia, literatura e redação indicam possíveis abordagens sobre a deposição de Jango


Faz 50 anos que João Goulart foi deposto pelos militares que instauraram um regime ditatorial no Brasil a partir do golpe de 1964. E quem nasceu anos depois do restabelecimento de direitos civis e da democracia — caso de boa parte dos vestibulandos —, deve estar se perguntando: como um tema que gera tanta discussão pode aparecer em uma prova de múltipla escolha?
No programa da prova de história do vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) de 2014, consta "a crise do populismo e o golpe militar de 1964", além do período pós-64, que considera os modelos político e econômico do regime militar e a repressão e a resistência ao Estado totalitário.
Seguindo um modelo diferente, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também listou como conteúdos, no edital do ano passado, as ditaduras políticas na América Latina, o Estado Novo, a luta pela conquista de direitos civis, humanos, políticos e sociais, sem qualquer referência a "golpe". Além disso, a matriz de referência da prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias estabelece algumas competências que podem ser ligadas ao tema, como "analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder" e "analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas".
Mas tem um porém nisso tudo: o aniversário do golpe e a importância do fato para o Brasil rendem tanto pano para tanta manga que podem levar o tema para além das provas de história ou ciências humanas. O cinquentenário pode motivar uma questão em uma prova de literatura ou geografia. Pode suscitar um tema de redação ou, ainda, estar relacionado a assuntos de sociologia ou filosofia — e o Enem adora um assunto interdisciplinar.
— Há diversos pontos que podem ser explorados. Um deles é a volta do discurso de direita. As pessoas perderam a vergonha de defender publicamente teses de direita. Pode-se fazer um link com democracia, liberdade de pensamento, voto universal — cogita o professor de filosofia do Grupo Unificado Marco Jordão.
Dizer que o golpe será o tema da prova de redação da UFRGS ou do Enem é dar um tiro na lua — até porque é mais provável que os avaliadores não tentem ir além da manobra dos militares, tirando a discussão do nível "sou contra" ou "sou a favor". Uma dissertação é uma reflexão a respeito de um fato ou mesmo de um comportamento, lembra a professora de redação do Unificado Luisa Canella.
— É interessante pensar em qual seria a pergunta que motivaria o texto. A prova pode abordar o significado do golpe, além do óbvio da ditadura, tratar da falta de liberdade de expressão, comparar a juventude da época com a que saiu às ruas no ano passado, ou mesmo abrir para questões filosóficas — sugere Luisa.
Te liga nisso: embasar o ponto de vista
No manual do vestibular da UFRGS de 2014, as orientações sobre a redação priorizam aspectos linguísticos, como estrutura do texto, adequação de linguagem, abordagem do tema e ponto de vista defendido. No Enem, há um ponto que merece atenção: uma das competências é "elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos".
— O Enem foca em dois assuntos transdisciplinares: ética e direitos humanos. Quem quiser colocar uma opinião mais polêmica precisaria de um discurso muito bem estruturado, mas não há espaço para rever muitas questões na redação — explica o professor Marco Jordão.
> Na literatura e na cultura
A ditadura teve forte impacto na produção artística brasileira em razão da censura e de outras privações. O professor de literatura do Unificado Pedro Gonzaga diz não ter dúvida de que o golpe será um tema abordado na prova de literatura da UFRGS e na de linguagens do Enem.
— É provável que as produções culturais, em especial a partir do AI-5, estejam presentes. Imagens como a do jornalista Vladmir Herzog (morto por militares que forjaram seu suicídio) também têm bastante chance de serem lembradas. Chico Buarque e outros artistas que usaram sua arte como forma de protesto devem ser considerados.
O disco Tropicália ou Panis et Circensis"leitura obrigatória" da UFRGS é um marco cultural na luta contra o regime militar.
> Marchas pelo Brasil
Recentemente, algumas pessoas que defendiam uma "intervenção militar" no país tentaram reeditar a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. O professor Alexander Magnus destaca duas marchas dos anos 1960 que podem aparecer separadas ou no mesmo teste:
— A primeira manifestação apoia a intervenção militar e ocorre às vésperas do golpe na cidade de São Paulo e fica conhecida como Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Já durante a fase do marechal Artur da Costa e Silva, ocorre a Marcha dos Cem Mil, em junho de 1968, na cidade do Rio de Janeiro. O estopim para a manifestação na capital carioca é o assassinato do estudante Edson Luis, ocorrido em março daquele ano.
> Discursos pró-EUA e pró-Rússia
Na época do golpe, havia dois discursos antagônicos no Brasil: um que defendia o liberalismo dos Estados Unidos e outro que propunha o comunismo da Rússia. A crise na Crimeia trouxe de volta esses discursos da Guerra Fria. Seria possível propor uma questão que relacionasse o que se dizia naquela época com o que se diz hoje, afirma o professor Marco Jordão:
— Nos anos 1960, havia a União Soviética de um lado e os Estados Unidos de outro, o comunismo contra o capitalismo. Hoje, não é bem isso. Temos o discurso liberal dos americanos, mas o discurso russo agora é nacionalista. O golpe de 1964 poderia render uma questão sobre o nacionalismo no Brasil, que foi uma marca dos governos militares.
> Atos Institucionais
Professor do Colégio La Salle Santo Antônio e do curso GruposdeHistória.com, Alexander Magnus ressalta a frequência com que os Atos Institucionais (AIs) aparecem no Enem e nas provas das federais, mas ressalva:
— O primeiro AI define eleições indiretas para presidente e não determina o fechamento do Congresso Nacional. O fechamento ocorre somente entre o AI-3, que estabelece eleições indiretas para governadores e prefeitos, e o AI-4, decreto responsável pela aprovação da Constituição de 1967. O AI-5, igualmente comum em provas, decreta o fechamento do Congresso e a suspensão do habeas corpus.
> Comissão Nacional da Verdade
Criada para apurar violações dos Direitos Humanos de 1946 a 1988, sobretudo as praticadas por agentes do Estado, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) está intimamente ligada à ditadura. Com as investigações, alguns fatos vêm sendo reescritos:
— Uma das principais ações realizadas foi a constatação de que o ex-presidente Juscelino Kubitschek sofreu um atentado político, contrariando a versão de que havia morrido em um acidente de carro, em uma investigação conduzida pela Comissão da Verdade de São Paulo. Outro fato importante é a exumação do corpo do presidente deposto João Goulart, pela suspeita de envenenamento. O ex-presidente teve, décadas após sua morte, direito a funeral como chefe de estado. A CNV de São Paulo também promoveu a mudança no laudo de morte de Vladimir Herzog para homicídio, após investigação a pedido da família — salienta o professor de geografia César Martinez.
> Pátria de chuteiras
Outro tema do momento, a Copa do Mundo pode aparecer numa questão de cunho político-social.
— Na copa do México, em 1970, em que o Brasil conquista o tricampeonato, a ditadura se aproveita do evento para difundir o ufanismo. Frases como "Ninguém segura este país", "Ame-o ou deixe-o" e "Pra frente Brasil" delinearam o período do general Emílio Garrastazu Médici. Contudo, é importante destacar que, nesta mesma época, ocorrem os assassinatos dos líderes Carlos Marighella e Carlos Lamarca, fatos que podem surgir nas provas — aponta o professor Alexander Magnus.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/vestibular/noticia/2014/04/como-o-cinquentenario-do-golpe-pode-virar-pergunta-nas-provas-da-ufrgs-e-no-enem-4461565.html