terça-feira, 16 de setembro de 2014

ONU: racismo no Brasil é ‘estrutural e institucionalizado’

Geografia Humana e humanizada

Peritos da entidade concluíram o relatório afirmando que o “mito da democracia racial” ainda está presente na sociedade brasileira e que boa parte dela ainda “nega a existência de racismo”

O racismo no Brasil é “estrutural e institucionalizado” e “permeia todas as áreas da vida”. A conclusão é da Organização das Nações Unidas (ONU), que publicou nesta sexta-feira (12) seu informe sobre a situação da discriminação racial no país. Os peritos da entidade concluíram o relatório afirmando que o “mito da democracia racial” ainda está presente na sociedade brasileira e que boa parte dela ainda “nega a existência de racismo”.
“O Brasil não pode mais ser chamado de uma democracia racial e alguns órgãos do Estado são caracterizados por um racismo institucional, nos quais as hierarquias raciais são culturalmente aceitas como normais”, destacou a ONU.
Os técnicos da entidade estiveram no país entre os dias 4 e 14 de dezembro de 2013 e constataram que os negros são os que mais que mais são assassinados, os que têm menor nível de instrução, os menores salários, o menor acesso á saúde, os que morrem mais cedo e o que menos participam no Produto Interno Bruto (PIB).
A ONU sugere que se “desconstrua a ideologia do branqueamento que continua a afetar as mentalidades de uma porção significativa da sociedade”. Mas falta dinheiro, segundo o órgão, para que o sistema educativo reforce aulas de história da população afro-brasileira, um dos mecanismos mais eficientes para combater o “mito da democracia racial”.
Outra preocupação é relativa à violência policial, frequentemente empregada contra jovens negros: o direito à vida sem violência não está sendo garantido pelo Estado para os afro-brasileiros, afirmou a entidade.
“O uso da força e da violência para o controle do crime passou a ser aceito pela sociedade como um todo porque é perpetuada contra um setor da sociedade cujas vidas não são consideradas tão valiosas”, pontua o relatório.
Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/onu-racismo-no-brasil-e-estrutural-e-institucionalizado/

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Os números do crescimento econômico em 2014: afinal, a economia brasileira está tão ruim assim como dizem algumas manchetes?

Os números do crescimento econômico em 2014: afinal, a economia brasileira está tão ruim assim como dizem algumas manchetes?

Geografia política e politizada

Por André Passos Cordeiro*
Dia 29 de agosto passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2014. O valor apurado significou uma queda no PIB em relação ao primeiro trimestre de 0,6%. Assim, o PIB brasileiro registrou duas quedas consecutivas, já que no primeiro trimestre houve queda de 0,2% em relação ao quarto trimestre de 2013. Foi o suficiente para os pessimistas de plantão apontarem a existência de um processo recessivo (diminuição do tamanho da economia) no Brasil. Uma “recessão técnica” dizem. Algo que acontece quando temos o encadeamento de dois trimestres em queda.
Por que dois trimestres e não dois meses, ou dois bimestres? Não há explicação, é só uma convenção… Para visualizarmos o limite desta convenção, lembremos que é possível conviver dentro de um mesmo ano com a queda referida (dois trimestres em sequência) e ainda assim terminar o período com o PIB em alta – o que, por óbvio, não é recessão. Aliás, é o que aconteceria se contássemos o ano de junho a junho (o que os economistas chamam de “acumulado 12 meses”): mesmo com dois trimestres de queda, o PIB dos últimos 12 meses cresceu 1,5%. O mesmo acontece se compararmos períodos iguais como, por exemplo, o primeiro semestre deste ano com o do ano passado: neste caso registramos um PIB 0,49% superior ao de 2013. Como crescimento não é recessão, então…
Isto deve nos tranquilizar? Não. Mas também não deve dar vez à depressão ou à terra arrasada… O número do PIB revela exatamente, e exclusivamente, um fato: a economia brasileira está crescendo pouco. Mas esta conclusão, tomada isoladamente, não diz absolutamente nada. Vamos trazer à cena economias de tamanho parecido com a brasileira, em termos de PIB, para responder a seguinte pergunta: o que se passa aqui está totalmente fora de contexto?
Para tanto, tomemos as dez maiores economias do mundo, entre as quais o Brasil é a sétima, e vejamos o desempenho das nove economias que dividem com o Brasil este seleto grupo.
Apenas duas destas economias, China e Índia, tiveram crescimento médio anual acentuado entre 2009 e 2013 (pós-crise de 2008) e em valores superiores ao crescimento brasileiro. As demais cresceram, em média, muito abaixo do Brasil. Quanto a 2014: excetuando Estados Unidos, Índia e China, que tiveram crescimento acima de 1% ao trimestre em média, todas as demais economias registraram crescimento médio próximo a zero ou negativo. Veja:
Taxas de Crescimento do PIB no pós-crise de 2008 – 10 maiores economias do mundo
ANDRÉ PASSSOS - TABELA PIB
Fonte :1. 2009-2013: Banco Central, retirado de CGEE – 20 anos de economia brasileira.
2. 2014: http://pt.tradingeconomics.com/brazil/gdp-growth
Assim, em termos de crescimento econômico, não estamos em pior situação do que as outras nove maiores economias do mundo, considerando o período pós-crise de 2008. Sofremos o mesmo solavanco: em alguns anos crescemos mais, em outros menos. Mas, considerando o período todo, crescemos mais do que a média e mais do que a ampla maioria. E, em 2014, muitos estão sofrendo com um baixo crescimento, e o Brasil não é exceção.
Quando combinamos outros dois importantes indicadores – inflação e desemprego – ao indicador de crescimento, vemos melhorar o desempenho brasileiro. Observemos primeiro a média de 2009 a 2013. Neste período a inflação brasileira foi maior do que a média das outras nove maiores economias – um desvio de 2,1 pontos percentuais – e, no entanto, nosso crescimento foi maior que esta mesma média, e mais do que o dobro da maioria (à exceção de China e Índia). Além disso, o desemprego foi menor (à exceção de China, Índia e Japão) do que a média.
Entre as 10 maiores economias do mundo, a de melhor desempenho nestes indicadores é a China, com uma inflação mais baixa combinada a menor desemprego e maior crescimento. A maioria das restantes tem, claramente, um pior desempenho que o Brasil no período. Mantém somente a inflação baixa e penaliza suas populações nos outros dois indicadores, ou sequer controla a inflação: cinco economias apresentaram inflação mais baixa (EUA, Alemanha, França, Itália, Reino Unido), mas pagaram a conta disto com taxas de desemprego maiores e crescimento menor, e uma (Rússia) apresentou inflação mais alta, crescimento mais baixo e maior desemprego. As duas restantes (não estamos considerando o Brasil), Japão e Índia, apresentaram melhor resultado em dois quesitos: o primeiro obteve inflação mais baixa com menor desemprego, mas pagou o preço com mais baixo crescimento e o segundo, inflação mais alta com maior crescimento e menor desemprego. Resumindo, das sete economias que obtiveram inflação mais baixa que o Brasil, apenas uma não pagou o preço com mais baixo crescimento ou mais alto desemprego: a China.
Taxa de Inflação no pós-crise de 2008 – 10 maiores economias do mundo
ANDRÉ PASSOS - TABELA INFLAÇÃO
Taxa de Desemprego no pós-crise de 2008 – 10 maiores economias do mundo
ANDRÉ PASSOS - TABELA - DESEMPREGO
Como o crescimento econômico é base para o emprego, como sem emprego não há renda para dar conta das despesas necessárias à vida do ser humano e como um mau desempenho no controle da inflação torna mais difícil adquirir os bens e serviços que se necessita ou deseja, a agenda da política econômica (especialmente fiscal e monetária) tem que balancear seus objetivos levando em conta os três indicadores nos estreitos limites estruturais da economia nacional e da conjuntura internacional.
A resposta à questão que fizemos no terceiro parágrafo é, então: “o que ocorre no Brasil está dentro do contexto internacional”. Mais, dada a situação estamos com uma performance acima de outros países do mesmo porte no pós-crise de 2008.
Para concluir. Em 1977, 37 anos atrás, o Congresso americano estabeleceu quais os objetivos de sua política econômica, através de uma emenda do Congresso americano ao “The Federal Reserve Act”. Este statement ficou conhecido como Dual Mandate. Eis a emenda:
“The Board of Governors of the Federal Reserve System and the Federal Open Market Committee shall maintain long run growth of the monetary and credit aggregates commensurate with the economy’s long run potential to increase production, so as to promote effectively the goals ofmaximum employment, stable prices and moderate long-term interest rates.”1
Estavam, e ainda estão certos. Não faz mais nenhum sentido medir a saúde de uma economia por seu desempenho em um único indicador, seja ele taxa de inflação, crescimento ou emprego. É preciso medi-la, no mínimo, já que poderíamos incorporar outros indicadores mais, levando em conta a melhor combinação dos três a cada momento histórico. Aliás, está mais do que na hora de modificar o nosso sistema de metas de inflação, baseado unicamente na meta de stable prices e incorporar, formal e definitivamente, a outra ponta: maximum employment and moderate long-term rates.
“O Conselho de Governadores do Sistema da Reserva Federal e o Comitê Federal de Mercado Aberto deverão manter o crescimento de longo prazo dos agregados monetários e de crédito concomitante ao potencial de longo prazo da economia para aumentar a produção, de modo a promover eficazmente os objetivos de emprego máximo, preços estáveis e taxas de juros de longo prazo moderadas.”
* Economista, Mestre em Ciência Política
Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/os-numeros-do-crescimento-economico-em-2014-afinal-a-economia-brasileira-esta-tao-ruim-assim-como-dizem-algumas-manchetes/#comment-368910

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Plebiscito mobiliza cidadãos para reforma política

Geografia Política e politizada


Inspiradas nas mobilizações que levaram milhares de pessoas às ruas em 2013, Entidades Sociais de todo o País estão promovendo uma grande votação para garantir a realização de uma Assembleia Constituinte exclusiva para debater e promover uma Reforma Política efetiva e alinhada aos interesses dos cidadãos.
Plebiscito Constituinte ocorre durante esta semana (de 1º a 7 de setembro) e pretende reunir 10 milhões de votos. Todos os cidadãos brasileiros com mais de 16 anos e que possuam título de eleitor podem participar da votação via site ou em urnas espalhadas por quatro cidades gaúchas. Basta responder a seguinte questão: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?”.
Por ser uma expressão concreta de exercício de cidadania, e por ter, em sua missão, o compromisso de formar cidadãos comprometidos com a sociedade, a Rede Marista apoia a iniciativa e está mobilizando suas Unidades e colaboradores a participarem da votação.
Na PUCRS, quatro urnas estão disponíveis nos seguintes locais e horários:
Recepção do Prédio 17 (Pastoral): 2ª a 6ª feira (8h às 19h)
·         Saguão do Prédio 7 (FAMECOS): 2ª feira
·         Saguão do Prédio 5: 3ª feira
·         Saguão do Prédio 11: 4ª feira
Paralelamente à votação do plebiscito, iniciativa da Plenária Nacional dos Movimentos Sociais Brasileiros, a Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, que reúne 95 entidades, movimentos e organizações sociais busca assinaturas para levar ao Congresso oProjeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política.
Entre as principais reivindicações, o projeto prevê o fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas, limite para doação de pessoa física a partidos, eleição para o Legislativo em dois turnos e garantia da liberdade de expressão aos cidadãos durante os debates eleitorais. Para ser oficialmente apresentada ao Congresso e comece a tramitar, o projeto precisa do apoio de 1% do eleitorado (1,5 milhão de assinaturas) do País. 
Fonte: http://maristas.org.br/institucional/plebiscito-constituinte-pela-reforma-politica

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

"Eu tenho dó dela', diz goleiro Aranha sobre jovem que o ofendeu em jogo

Às vezes a gente deixa passar, finge que não ouve, mas por dentro dói', diz Aranha. Goleiro do Santos desabafa sobre ofensas sofridas em partida.



Aos 33 anos de idade, com 15 de futebol profissional, ele se viu acuado no estádio. O goleiro Aranha, do Santos, foi ofendido por torcedores do Grêmio na quinta-feira (28).
O time identificou cinco agressores até agora. Patrícia Moreira acabou se tornando um símbolo deles. Confira no vídeo acima a íntegra da entrevista com o goleiro.

Aranha: Eles vinham na muretinha como se fossem saltar e vir para cima e eu estava preparado.
Fantástico: Para quê?
Aranha: Para o que der e viesse.
Fantástico: Você achou que eles iam te atacar?
Aranha: Sim, por que não? A raiva que eles estavam, porque eles ficaram mais nervosos porque eles acharam que como a maioria faz, como eu mesmo já fiz várias vezes ali, até mesmo ano passado, a gente escuta e finge que não ouve.

Na quinta-feira, Aranha não fingiu. “E aí quando eles começaram a emitir som de macaco, aí eu não tive dúvida, aí eu não aguentei. Aí eu falei: ‘Ah, vou ter que estourar, é agora, não tem jeito’. Porque às vezes a gente tem que dar uma de louco, como a gente fala, senão ninguém presta atenção, ninguém te escuta”, conta o goleiro.
Fantástico: Você já tinha passado por essa situação?
Aranha: Centenas e milhares de vezes. No futebol isso infelizmente é normal.

Aranha diz que o problema é de todos. “Sempre quando acontece de acontece briga no estádio, esse negócio de racismo, de vandalismo, aí a gente costuma dizer, os clubes e todo mundo costuma dizer, ‘não são torcedores, é a minoria’. Mas a minoria manda? Se tinha duas mil pessoas ali atrás e cinco estavam tomando essa atitude, por que as outras pessoas não cobraram delas uma postura melhor?”, questiona Aranha. 
O Grêmio, que ainda pode ser punido até com a exclusão da Copa do Brasil, identificou cinco agressores até agora. Patrícia Moreira acabou se tornando um símbolo deles.

Fantástico: O que você achou dessa moça, quando você viu ela falando 'macaco', e aquela imagem bem fechada nela.
Aranha: Eu tenho dó dela. Como ser humano, e pelas consequências.

Patrícia perdeu o emprego, a casa dela foi apedrejada e ela deve depor nessa segunda-feira (1º) na polícia de Porto Alegre.
Aranha diz que aprendeu a enfrentar o preconceito ouvindo rap. 
“Eu tive a felicidade de aprender muito com o rap, porque esse pessoal, como sempre foi um pessoal sofrido e acusado e agredido. É um pessoal bem informado sobre política, sobre religião, sobre a sua história, a história do seu país. Como na periferia a gente ouve muito isso, porque é aquilo que está na nossa realidade, eu cresci preparado para esse tipo de situação”, diz Aranha. 
Fantástico: Fora dos estádios você também tem problema? Sofre com o racismo?
Aranha: Tem, tem. Isso aí muita gente tem. A gente vale o que tem. Ou o nome que tem. Eu sei que muitas vezes eu não sou aceito, eu sou tolerado. Porque sou o goleiro do Santos, bicampeão mundial. E porque eu tenho um carro bonito, porque eu compro isso, eu compro aquilo. Então muitas vezes eu sou tolerado, não sou aceito. Eu já morei em prédios, minha família está de testemunha, que não me davam nem bom dia.

Fantástico: A sua família acaba sendo atingida também, sofre com isso tudo, o teu enteado. Meu filho, é. Ele acabou colocando que tem orgulho de ter um pai negro.
Bernardo Maron, enteado de Aranha: Eu estava assustado, triste, porque eu não esperava que ainda esse pensamento ainda estava na cabeça das pessoas, pensava que tinha acabado.

Na noite de quinta, Bernardo, de 13 anos, entrou em uma rede social para dar apoio ao pai. “Eu fiquei quietinho na minha aí eu fui lá e pensei em escrever isso: ‘Eu já cansei disso, que isso é uma palhaçada e que eu tenho orgulho de ter um pai negro’”, conta ele.

Depois, telefonou para ele. “Eu falei: ‘força, pai, eu te amo’”, conta o menino.
“A gente já prepara uma conversa antes porque sabe que no próximo dia de escola vai ter aquela polêmica, ‘nossa, o que aconteceu com o seu pai’, só que graças a Deus eles são muito maduros, o futebol amadureceu até os meus filhos”, diz Juliana Costa, mulher de Aranha.
Na manhã seguinte, em um comunicado, Aranha citou um discurso de Martin Luther King, o famoso ativista americano assassinado em 1968 que lutou pela igualdade racial.
“Eu citei um trecho do Martin Lutther King, "I Have a Dream", que ele fala que ele tem um sonho que todas as pessoas fossem julgadas não pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter”, diz o jogador.
Fantástico: Nos estádios, qual seria a punição para que isso não voltasse a se repetir?
Aranha: Essa mocinha aí, nunca mais pisar na Arena. Porque outras pessoas vão falar 'se eu tomar uma atitude dessas, se eu for flagrado, eu nunca mais vou acompanhar o time que eu gosto'. O futebol está caminhando para um lado de empresa, de espetáculo, mas as pessoas que vão assistir têm que se comportar como tal. Eu acho que a principal punição tem que ser essa, da pessoa nunca mais pisar no estádio, em um lugar público, porque ela me xingou ali, mas tinha vários outros negros ali.

Fonte: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/08/eu-tenho-do-dela-diz-goleiro-aranha-sobre-jovem-que-o-ofendeu-em-jogo.html

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Sadia e Perdigão condenadas por trabalho escravo

BRF, dona de Sadia e Perdigão, é condenada a pagar R$ 1 milhão por trabalho escravo


Tráfico humano

A BRF, dona das marcas Sadia, Perdigão e Batavo, entre outras, foi condenada a pagar indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 1 milhão por manter trabalhadores em condições análogas às de escravos em uma fazenda no município de Iporã (PR). A decisão foi proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-9) em julho.
Em fiscalização realizada no começo de 2012, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Umuarama (PR) constatou graves irregularidades trabalhistas nas atividades de reflorestamento realizadas na fazenda arrendada pela BRF. De acordo com o órgão, as ilegalidades iam desde jornada excessiva e condições precárias dos alojamentos até a contaminação da água fornecida aos trabalhadores para consumo.
 
"A situação encontrada configura trabalho degradante, já que foram desrespeitados os direitos mais básicos da legislação trabalhista, causando repulsa e indignação, o que fere o senso ético da sociedade", afirma o procurador do trabalho Diego Jimenez Gomes, responsável pelo caso.
 
No processo, a BRF alegou que as atividades de reflorestamento eram feitas por empresa terceirizada, o que afastaria sua responsabilidade. No entanto, a Justiça do Trabalho entendeu que a empresa deveria ser condenada porque também é responsável pela garantia de um meio ambiente de trabalho saudável.
 
Além do pagamento da indenização, a empresa também foi sentenciada a cumprir diversas obrigações quanto à higiene, saúde, segurança e medicina do trabalho, em relação a todos os trabalhadores que, de forma direta ou indireta, prestem-lhe serviços na atividade de reflorestamento.

Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/blogterramagazine/blog/2014/08/27/brf-dona-de-sadia-e-perdigao-e-condenada-a-pagar-r-1-milhao-por-trabalho-escravo/
 

domingo, 24 de agosto de 2014

Terremoto de 6 graus atinge o norte da Califórnia

Não há registro de mortos ou danos materiais, segundo Centro Geológico dos Estados Unidos

Um terremoto de 6 graus de magnitude abalou neste domingo a região norte da Califórnia, no entanto, ainda não há registro de mortos ou danos materiais, anunciou o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor aconteceu às 3h20min locais (7h20min de Brasília) ao noroeste da cidade de American Canyon, no estado da Califórnia, a uma profundidade de 10,8 quilômetros.

A cidade de Napa, a quase 10 km do epicentro do tremor, ficou sem energia elétrica, assim como outras localidades próximas. Quase 10 mil casas foram afetadas. A polícia rodoviária de San Francisco está verificando as passarelas e pontes em busca de indícios de danos estruturais e pediu aos moradores que divulguem qualquer problema.

Os moradores das cidades de San Francisco, 60 km ao sudoeste do epicentro, e Davis, na mesma distância mas ao nordeste, informaram na rede social Twitter que sentiram o terremoto. 

Fonte: http://www2.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=533977

terça-feira, 19 de agosto de 2014

OS 10 PAÍSES MAIS RACISTAS DO MUNDO


OS 10 PAÍSES MAIS RACISTAS DO MUNDO

Michael Brown, morto pela polícia norte-americana. Assassinato gerou protestos em Ferguson, Missouri. Esse caso está longe de ser uma excessão nos Estados Unidos.


O racismo é definido pela maneira de pensar, em que se evidencia a existência de raças humanas diferentes e superiores umas às outras, com relação de características físicas hereditárias e conceitos envolvendo caráter, cultura e inteligência.
E não há teoria científica que apóie o racismo, este uma combinação de opiniões pré-concebidas, com valorização das diferenças biológicas entre seres humanos, e atribuição de superioridade a alguns, segundo a matriz racial. Nesta seleção estão os 10 países mais racistas do mundo.
Infelizmente o racismo existe, e alguns casos ganham repercussão na mídia internacional, como no caso do lateral direito Daniel Alves. Este que recebeu apoio de celebridades, jogadores e da presidente Dilma Rousseff.
torcida adversária atirou uma banana na direção do Daniel, quando o mesmo ia bater escanteio. A resposta foi direta, pois o jogador comeu a fruta e continuou a jogar. Mais um caso de racismo que foi notícia mundial, envolve o dono do Los Angeles Clippers com sua namorada. Ele reclamou que a namorada postou fotos no Instagram com um negro, Magic Johnson.

10º ÍNDIA


Há um determinado orgulho pela Índia ser secular e racialmente tolerante, porém, o sistemas de castas no país expõem um verdadeira história racista de terror. Evidências do racismo na Índia são apontadas com motins em Deli e Gujrat. Há uma grande segregação de indianos do nordeste onde se encontra a maioria das castas consideradas “inferiores”.

9º PAQUISTÃO

O país é de maioria muçulmana, com rivalidade interna; de xiitas e sunitas. Mas existem problemas maiores, mesmo que existam salvaguardas constitucionais para garantia de intolerância a qualquer incidente de discriminação racial.
Não foram tomadas medidas necessárias para conter o processo pelo governo do Paquistão. Os americanos ainda são tolerados, porém indivíduos de outros países enfrentam o pior de tudo.


8º RÚSSIA

Em muitas vezes o racismo neste país é direcionado para qualquer indivíduo que não seja russo. Os racistas fanáticos são contra, de maneira extrema, aos caucasianos, africanos, judeus e chineses. Migrantes destas raças em específico por várias vezes enfrentam estereótipos raciais e então discriminação, que podem culminar em violação dos direitos humanos e crimes de ódio.


7º ISRAEL


Árabes israelenses e palestinos são dois grupos que enfrentam a ira da discriminação racial neste país. Isso deriva da história do estado, em anos do pós-guerra mundial. O muro construído por Israel cercando parte de seu território demonstra a grande necessidade de defesa ou segregação de um povo para outro.


6º ALEMANHA

ideias neonazistas alemães, por mais absurdo que seja, são ainda contemporâneas. Tais grupos pensam em próprias linhas baseadas na filosofia de Hitler, do país unido e com glória restaurada. Os grupos, por pressão constante do governo e Nações Unidas, conseguem sobreviver secretamente com atividades clandestinas.


5º JAPÃO


O Japão se vangloria de ser racialmente tolerante, porém não há restrições eficazes sobre ações xenófobas e direitos para estrangeiros. É comum ocorrer impedimento de alguns serviços e atividades para estrangeiros, como ocorreu em uma partida de futebol do clube Urawa Reds, onde a torcida colocou uma faixa na entrada de um dos setores do estádio com os dizeres “Somente japoneses” (foto). Em 2005, um relatório das Nações Unidas apontou forte preocupação com racismo neste país, com reconhecimento do governo para o problema não satisfatório.

4º RUANDA



O racismo foi a causa de um marcante genocídio que ocorreu em abril e junho de 1994, em que uma quantidade estimada de 800 mil ruandeses foram mortos; no intervalo de somente 100 dias. A maior parte dos assassinados de forma brutal pertencia à etnia Tutsi, e os autores do crime foi a tribo Hutu. Até os dias atuais há discriminação entre os dois povos étnicos.


3º AUSTRÁLIA



Quase a metade dos australianos nasceram no exterior ou são de pais nascidos em país diferente; uma em cada cinco pessoas afirmou ter enfrentado discriminação racial por isso. Em 2009, aconteceu um aumento na quantidade de crimes de ódio focada em indianos; aconteceram mais de 100 incidentes de assalto dos estudantes indianos, e 23 apresentavam conotações raciais inconfundíveis.


2º REINO UNIDO


As empresas hooligan da década de 60 eram intolerantes com estrangeiros, em especial norte-americanos, denominados de maneira irônica de Yankees.
Os fantasmas do apartheid ainda são predominantes. Em 2004, 87.000 indivíduos da comunidade negra ou minorias enfrentaram crime com motivação racial. E 92.000 pessoas brancas também foram vítimas das conversões de espécie racial.


1º ESTADOS UNIDOS


A discriminação étnica e racial se transformou em problema grave, trazendo constrangimento para este país, em âmbito internacional. Os asiático-americanos, afro-americanos e latino-americanos, e também americanos europeus, ainda não são considerados indivíduos que pensam em si mesmos como norte-americanos.
Os EUA mantém uma visão tolerante sob um líder afro-americano, porém a realidade está longe de uma sociedade homogênea. Já que reflexos raciais são infundidos na cultura do país, assim como em habitação, educação, emprego, dentre outros setores.



Leia mais em: http://top10mais.org/top-10-paises-mais-racistas-mundo/#ixzz3Asq18gJe