segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Geografia da América Latina

Evo Morales: países da América Latina devem trabalhar juntos


O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse neste domingo (4) que os países da América Latina devem trabalhar juntos para conseguir a “descolonização”. Morales discursou durante o encerramento do Foro São Paulo, encontro que reúne os partidos de esquerda latino-americanos. Se queremos mudar o mundo, temos que começar a mudar a gente e para mudar temos que nos descolonizar do fascismo, do racismo, do mercantilismo e do luxo. Juntos”, disse.
Morales lembrou a colonização da América Latina pelos europeus e disse ainda que é preciso avançar nas políticas voltadas para os segmentos “historicamente abandonados” e que os países latino-americanos precisam também descolonizar a Europa da “anarquia do mercado de capital”.
“Teremos que descolonizá-los será outra tarefa que nós teremos”, disse. Evo disse que os partidos de esquerda têm a responsabilidade de defender o que chamou de “processos de libertação” na Venezuela, na Nicarágua, na Argentina, no Brasil, no Uruguai, no Equador e na Bolívia. Ele também falou da necessidade de enfrentamento da corrupção e que ele mesmo, inicialmente, não queria fazer política pois a política era vista como uma atividade de traficantes e pessoas corruptas. “Nossos povos estão cansados de abuso de poder e de autoridade. A política não pode ser para quem a trata como negócio ou em seu [próprio] beneficio. A política é a ciência de servir aos nossos povos”, disse Morales.
Morales criticou o sistema capitalista e as políticas neoliberais e falou sobre a situação da Bolívia antes de sua chegada à presidência. “Tivemos que recuperar os nossos recursos naturais que estavam nas mãos de poucos e retorná-los para o povo. Antes [de nacionalizar os recursos] a gente tinha que pegar empréstimo junto ao Banco Mundial. Depois da nacionalização não foi mais preciso”, disse. “Não é possível que nos países da América Latina quem governe sejam os banqueiros e empresários”, completou.
O documento afirma que “os próprios partidos de esquerda no governo (no Brasil) e os movimentos sociais” sustentam que os protestos por melhores serviços públicos e transparência na política “comprovam os avanços democráticos conquistados pelo povo brasileiro”. O próximo encontro será realizado na Bolívia.

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