quarta-feira, 17 de julho de 2013

Novo livro de Juremir Machado da Silva

Juremir Machado lança "Jango: a Vida e a Morte no Exílio"


O jornalista e colunista do Correio do Povo Juremir Machado da Silva autografa “Jango: a Vida e a Morte no Exílio” (Editora L&PM), nesta quarta-feira, a partir das 19h, na livraria Saraiva do Moinhos Shopping (Olavo Barreto Vianna, 36). No livro, ele procura desconstruir os mitos sobre João Goulart - presidente fraco ou herói reformista - e resgata um personagem crucial na história do Brasil.

A publicação de Juremir não é romance ficcional, como foi “Getúlio” (2004), mas sim uma grande reportagem investigativa que busca detalhar os anos de exílio de Jango e elucidar os mistérios que envolvem a sua morte. O jornalista pesquisou durante três anos, entrevistou dezenas de pessoas que conviveram com o ex-presidente, leu mais de 10 mil páginas de documentos, processos, investigações, relatórios de CPIs, sentenças das justiças brasileira, argentina e uruguaia sobre o caso Goulart, além de informes dos serviços de espionagem dos países onde o político viveu. Ele teve acesso a cartas inéditas de Jango trocadas com o general Serafim Vargas, visitou prisões de segurança máxima do Rio Grande do Sul para conversar com supostos protagonistas dos fatos e leu a obra inédita e arquivos de Mario Neira Barreiro, réu confesso e figura decisiva da trama.

As ações políticas que levaram Jango a renunciar são esmiuçadas no livro, passando por sua gestão, com a proposta arrojada de promover uma Reforma Agrária; a realização da Marcha com Deus pela Família sendo financiada pelos Estados Unidos; o papel da imprensa e seu apoio aos militares; as tramas feitas pela direita e a preparação do Golpe; e a Operação Limpeza, em 1964, com 50 mil detidos, sendo centenas os que sofreram torturas prolongadas.

Em paralelo aos momentos dramáticos daquele período, Juremir expõe a intimidade de Jango, sua personalidade pacífica, seu fraco por bebidas e jogos, sua paixão pela esposa, o que não o impedia de ter amantes. Além de seus encontros e reflexões políticas com os amigos. Descreve ainda o pesar do presidente pela situação do Brasil e sua vontade de voltar ao país, mesmo com a vida ameaçada. Os cuidados constantes com a sua saúde e como, quando e onde surgiu a tese de assassinato são evidenciados. Uma das hipóteses é que Jango teria sido morto por meio de uma troca intencional de medicamentos. O processo de exumação do corpo do ex-presidente está em andamento e poderá desvendar esse mistério.

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